O código do Disco de Phaistos foi finalmente descoberto - TVI

O código do Disco de Phaistos foi finalmente descoberto

Disco de Phaistos

A descoberta arqueológica de 1700 a.C. revela finalmente os seus segredos

O Disco de Phaistos foi encontrado em 1908 e desde aí que os investigadores tentam desvendar o mistério gravado na argila. O Disco, datado do ano 1700 a.C., foi descoberto pelo arqueólogo italiano Luigi Pernier, nas ruínas do palácio minoico de Phaistos, na costa sul de Creta.

 

Datado do final da era do bronze da Civilização Minoica, durante muito tempo não se soube o seu significado nem nada sobre o local de manufatura, fazendo do disco um dos mais famosos mistérios da arqueologia.

 

No entanto, parece que agora será possível descobrir o que significa a linguagem misteriosa inscrita no disco que já tem mais de quatro mil anos.

 

Com 16 cm de diâmetro, os dois lados do disco contêm vários símbolos que incluem representações de homens a correr, cabeças com coroas de penas, mulheres, crianças, animais, pássaros, insetos, ferramentas, armas e plantas.

 

Muitos decifradores fizeram as suas interpretações, escreveu-se mais sobre esta inscrição cretense do que sobre qualquer outra, e agora é finalmente possível saber-se algo sobre o disco.

 

O cientista Gareth Owens, investigador linguista do Instituto Tecnológico Educacional de Creta, informou que cerca de 90% de um lado do disco foi decifrado.

 

Durante seis anos, Owens trabalhou com John Coleman, professor de fonética de Oxford, e conseguiram descobrir não só o som dessa linguagem, mas também parte do seu significado.

 

Owens, que se refere ao disco como o «primeiro CD-ROM minoico», afirmou que o disco circular de barro contém uma oração para a deusa mãe da civilização minoica, já que, segundo suas transcrições, um lado é dedicado a uma mulher grávida e o outro a uma mulher a dar à luz. A oração lê-se numa direção espiral, pois dá a volta ao Disco, de fora para o centro.

 

 

«É a coisa mais próxima de uma Pedra de Rosetta que temos dos minoicos», afirmou Owens numa conferência TED. Comparando assim o Disco de Phaistos à Pedra de Rosetta, encontrada por Champollion durante as campanhas napoleónicas no Egito, que permitiu que os cientistas compreendessem os antigos hieróglifos dos faraós.

 

 

Atualmente o Disco de Phaistos está em exibição no museu arqueológico de Heraclião em Creta, Grécia.

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