Vibrador e cera depilatória para vencedoras de torneio de squash - TVI

Vibrador e cera depilatória para vencedoras de torneio de squash

  • AG
  • 21 mai 2019, 17:10
Squash

Entre os prémios estava também um equipamento para tirar os calos dos pés, o que levou ao laçamento de um debate sobre discriminação sexual, pois aos homens do mesmo torneio estava destinado apenas a taça de vencedor

Quatro mulheres foram premiadas com um vibrador e cera depilatória depois de vencerem um torneio de squash nas Astúrias, Espanha. Depois de recebido o prémio, as duas desportistas escreveram à federação local de squash para se queixarem de discriminação sexual. As vencedoras receberam também um equipamento para tirar os calos dos pés.

A queixa das participantes já motivou três demissões na organização do evento. Elisabet Sadó, uma das premiadas, contou à BBC que sentiu “surpresa e indignação” ao receber o troféu. Aos homens do mesmo torneio estava destinado apenas a taça de vencedor. Com 37 anos e mais de 15 de desporto, a jogadora espanhola chegou a ser número um do mundo e sete vezes campeã de Espanha. O squash tem apenas 255 mulheres federadas em Espanha.

A situação tem um passado, e as desportistas queixam-se também da disparidade de salários entre sexos, afirmando que têm de trabalhar para sustentar o squash. Para Sadó, “estes comportamentos são a base do machismo, que nos casos mais graves acaba com mulheres assassinadas”.

Mas este tipo de prémios foi a gota de água para as duas mulheres. Existe em Espanha um projeto de lei que prevê que os salários desportivos sejam iguais para mulheres e homens. O projeto ainda não foi a votação e encontra-se atualmente pendente.

O clube de squash de Oviedo, que organizou o torneio, admitiu em comunicado que os prémios “foram inapropriados e nunca deviam ter sido entregues”. O clube pediu desculpa às jogadoras e ao squash espanhol, o que não evitou a demissão de dois membros do clube e de um quadro da federação.

Penso que o importante é que exista um debate público em Espanha e que as leis protejam mais as mulheres, para que elas possam praticar desporto”, disse Sadó

 

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