Esta semana fala-se de sarampo, amanhã se dará conta do surto de outra qualquer doença há muito afastada das preocupações das autoridades de saúde e sanitárias. Há quem fale em fratura na consciência cidadã, há quem contraponha com a ausência de campanhas de sensibilização, mas estamos perante aqueles que, no âmbito da sua gestão do poder económico, político e cultural, acham que a prevenção é pontual e que existem estruturas que vão sempre servindo de “bodes expiatórios” para o poder político alheado muitas vezes do ser humano.
Uma avioneta que cai de forma aparatosa e provoca mortes e feridos. Um Presidente da República impulsivo, porque ainda mal informado… procurando a resposta para quem nasce primeiro: “o ovo ou a galinha”, ou seja, o aeródromo ou as casas em seu redor. Certo é que muito é necessário melhorar na execução dos Planos Diretores Municipais e a sua aplicação.
No futebol, joga-se em antecipação. Uma vez mais um dérbi na 2ª Circular e na cidade de Lisboa, uma vez mais um acontecimento nacional, uma vez mais um enorme bruaá sobre tudo: o sistema, as claques, os adeptos e sócios, os árbitros, os jogadores, os treinadores, naturalmente os presidentes e toda a estrutura futebolística nacional. Para quê?! Vamos ter três grandes equipas em jogo e se o quisermos, um resultado digno para a nossa obra coletiva, o futebol e o País… O CR7, com 100 golos marcados na “Champions” só pede que os adeptos do seu Clube não o assobiem… aspiração legítima num mundo sem “senso”.
Sobre o referendo na Turquia, perde o Povo, ou seja, os dois povos que uma vez mais se manifestam pela sua existência e vontade de a assumirem com responsabilidade. O resultado eleitoral confirma a fratura. A vontade política orienta-se para a repressão. O futuro parece traiçoeiro para a humanidade. Ao mesmo tempo Trump, ao decidir sobre o Estado Islâmico e mesmo sem os seus tweets, envolve duplamente os EUA em ações ou ameaças militares ao Estado Islâmico (no Afeganistão) e ao regime de Kim Jong-un na Coreia do Norte, num contexto em que os atentados e bombardeamentos na Síria contribuíram para a instabilidade mundial.
Para os católicos portugueses e não só, a Páscoa foi vivida em família e em júbilo cristão. Tal como cá, também o olhar para Fátima, para o Papa e a canonização dos Pastorinhos, compõe um momento de enorme elevação cristã, esperemos que para gáudio de todo o mundo na manutenção da Paz.
Ficha técnica:
O Barómetro de Notícias é desenvolvido pelo Laboratório de Ciências de Comunicação do ISCTE-IUL como produto do Projeto Jornalismo e Sociedade e em associação com o Observatório Europeu de Jornalismo. É coordenado por Gustavo Cardoso, Décio Telo, Miguel Crespo e Ana Pinto Martinho. A codificação das notícias é realizada por Rute Oliveira, João Lotra e Sofia Barrocas. Apoios: IPPS-IUL, Jornalismo@ISCTE-IUL, e-TELENEWS MediaMonitor / Marktest 2015, fundações Gulbenkian, FLAD e EDP, Mestrado Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação, LUSA e OberCom.
Análise de conteúdo realizada a partir de uma amostra semanal de aproximadamente 411 notícias destacadas diariamente em 17 órgãos de comunicação social generalistas. São analisadas as 4 notícias mais destacadas nas primeiras páginas da Imprensa (CM, PÚBLICO, JN e DN), as 3 primeiras notícias nos noticiários da TSF, RR e Antena 1 das 8 horas, as 4 primeiras notícias nos jornais das 20 horas nas estações de TV generalistas (RTP1, SIC, TVI e CMTV) e as 3 notícias mais destacadas nas páginas online de 6 órgãos de comunicação social generalistas selecionados com base nas audiências de Internet e diversidade editorial (amostra revista anualmente). Em 2016 fazem parte da amostra as páginas de Internet do PÚBLICO, Expresso, Observador, TVI24, SIC Notícias e JN.