Realizador João Viana no Cinéfondation do Festival de Cannes - TVI

Realizador João Viana no Cinéfondation do Festival de Cannes

James Gray, Marion Cotillard e Jeremy Renner na apresentação do filme «The Immigrant» no Festival de Cannes 2013 (Reuters)

Atelier foi criado em 2005 com o objetivo de «estimular o cinema criativo e encorajar o aparecimento de uma nova geração de realizadores»

O realizador português João Viana irá apresentar, em maio, em França, o projeto do filme «Our Madness», no «Atelier de la Cinéfondation», uma iniciativa do Festival de Cinema de Cannes que permite o acesso a coproduções internacionais.

A organização do festival de Cannes anunciou esta terça-feira a lista dos quinze realizadores e projetos selecionados - os que são considerados «mais promissores» - para a edição deste ano do «Atelier de la Cinéfondation» e, entre eles, está João Viana e o projeto da segunda longa-metragem de ficção, «Our Madness».

O Cinéfondation foi criado em 2005, no âmbito do festival de Cannes, com o objetivo de «estimular o cinema criativo e encorajar o aparecimento de uma nova geração de realizadores», proporcionando-lhes acesso a coprodutores internacionais que permitam «acelerar a conclusão» dos seus projetos.

Contactado pela agência Lusa, João Viana, autor de «A batalha de Tabatô», explicou que «Our Madness» é um retrato sobre a atualidade política e social de Moçambique. O argumento é do realizador e a rodagem deverá ter início depois do verão, um pouco por todo aquele país africano. A coprodução será entre Portugal, França e Moçambique.

João Viana, filho de portugueses e nascido em Angola, é autor de várias curtas-metragens selecionadas para festivais internacionais e da longa-metragem «A batalha de Tabatô», rodado numa aldeia na Guiné-Bissau, um filme já premiado em Berlim.



Sobre a seleção de «Our Madness», João Viana mostrou-se entusiasmado, afirmando que o Cinéfondation representa uma maior projeção dentro do festival.

«É muito assustador, mas há que aproveitar a oportunidade. Eu julgava que o primeiro filme era o mais importante [na carreira de um realizador], mas afinal é o segundo. O Tabatô foi feito sem dinheiro nenhum e correu bem. Vamos ver».


Este ano, o Atelier de la Cinéfondation decorrerá de 13 a 24 de maio e conta com 15 realizadores de 14 países, nomeadamente Colômbia, Irão, Sri Lanka, África do Sul, Espanha e França, e também do Brasil, com «Butterfly Diaries», projeto de Paula Un Mi Kim.
Continue a ler esta notícia