Os juros da dívida pública regressaram às quedas esta sexta-feira, e fecharam nos 3,556%. É alívio das yeld das obrigações depois de seis dias consecutivos de agravamento, com os investidores a acusar a pressão em torno do Orçamento português.
Na sessão de ontem os juros das Obrigações portuguesas a 10 anos estiveram nos 4,4% e tocaram máximos do verão de 2013, altura em que se deu a crise política motivada pela "irrevogável" demissão de Paulo Portas do governo de coligação.
Este alívio na subida dos juros deu-se depois de ontem o Eurogrupo ter dado o aval ao Orçamento do Estado para 2016, com a promessa do governo português de preparar um pacote de medidas adicionais para implementar caso necessário.
No rescaldo da reunião, o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, Klaus Regling, afirmou que é "tranquilizador" que Portugal se tenha comprometido a preparar medidas adicionais, já que os mercados reagiram negativamente às incertezas orçamentais.
Nota também para a agência canadiana DBRS, que afirmou esta sexta-feira que está confortável com o rating que atribuiu a Portugal, apesar de admitir que as recentes subidas nos juros das obrigações são uma preocupação, devido ao peso da dívida pública.