Lucros do BPI crescem mais de 21% para 182,9 milhões - TVI

Lucros do BPI crescem mais de 21% para 182,9 milhões

Fernando Ulrich (Lusa/Mário Cruz)

Banco liderado por Fernando Ulrich registou um resultado acima do esperado pelos analistas nos primeiros nove meses do ano, sobretudo devido em mais de 53%, das provisões e imparidades para crédito

Os resultados do BPI subiram 21,2% para 182,9 milhões de euros entre janeiro e setembro, contra os 151 milhões do período homólogo, anunciou a instituição financeira em comunicado. Um lucro que fica acima da média dos analistas citados pela Reuters, e que se deve, sobretudo, à quebra, em mais de 53%, das provisões e imparidades para crédito

O lucro líquido consolidado no período de janeiro a setembro de 2016 (182,9 milhões) decorre de um contributo da atividade doméstica de 57,5 milhões (+18,6 milhões que no período homólogo de 2015) e de um contributo da atividade internacional de 125,4 milhões (+13,3 milhões que no período homólogo de 2015)", diz o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)

A margem financeira do banco - a diferença entre os juros cobrados e juros pagos - melhorou em 12,6% para 555,6 milhões de euros. Com a margem doméstica a subir 15,4%. 

De resto, foi a margem financeira que acabou por fixar o produto bancários nos 908 milhões de euros, mais 1,5% que no mesmo período de 2015.

Já os custos de estrutura, incluindo custos com reformas antecipadas alterações ao plano (ACT), subiram 0,7% para 505,9 milhões. Com as reformas antecipadas a pesarem 50,5 milhões no bolo total.

Números que levaram os resultados operacionais para os 402 milhões, acima em 2,5% dos homólogos.

Também o Return On Equity (ROE) - rentabilidade dos capitais próprios, que no fundo mede a capacidade do banco gerar valor face capital que tem - cresceu 10,5%, sobretudo pelo negócio em Angola.

No mesmo documento, o banco liderado por Fernando Ulrich, refere que "a rentabilidade dos capitais próprios na atividade doméstica foi de 4,1%", no período em análise. "Na atividade internacional, o BFA - Banco de Fomento Angola - obteve, no período de janeiro a setembro de 2016, nas contas individuais, um ROE de 42,6% e o BCI - Banco Comercial e de Investimentos de 15,0%. O ROE da atividade internacional (após ajustamentos de consolidação) situou-se nos 38,5%", acrescenta.

 

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