Governo e parceiros sociais voltam a discutir acordo de rendimentos - TVI

Governo e parceiros sociais voltam a discutir acordo de rendimentos

  • CE
  • 28 jan 2020, 07:20
Reunião do Conselho Económico e Social para definir o salário mínimo nacional

Esta é a terceira reunião na Concertação Social sobre o acordo de médio prazo, uma discussão que arrancou em 27 de novembro e na qual o Governo traçou desde logo como objetivo aumentos salariais no privado

O Governo e os parceiros sociais voltam esta terça-feira a reunir-se para discutir o acordo de médio prazo sobre competitividade e rendimentos, com a maioria dos parceiros a não concordar com um referencial de aumentos salariais para o privado.

Esta é a terceira reunião na Concertação Social sobre o acordo de médio prazo, uma discussão que arrancou em 27 de novembro e na qual o Governo traçou desde logo como objetivo aumentos salariais no privado superiores à soma da inflação e da produtividade nos próximos quatro anos, apontando para 2,7% em 2020, 2,9% para 2021 e 2022 e 3,2% para 2023.

A maioria dos parceiros sociais manifestou-se de imediato contra o referencial de aumentos indicado pelo Governo, defendendo que esta é uma matéria da negociação coletiva.

Já na segunda reunião, em 9 de dezembro, estiveram em cima da mesa as propostas das centrais sindicais e das quatro confederações patronais, com estas últimas a avançarem com medidas fiscais como o alargamento do universo das Pequenas e Médias Empresas (PME) que beneficiam da taxa reduzida de 17% de IRC ou a redução das tributações autónomas.

O Governo acabou por incluir estas medidas na proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE202), mas num formato que confederações patronais consideraram insuficiente.

Do lado das centrais sindicais, o líder da CGTP, Arménio Carlos, considerou que houve “subversão do discurso” e que o Governo apenas está a olhar para os empresários e para o financiamento das empresas, quando deveria “tratar do aumento dos salários”.

Há muitas medidas para a parte patronal”, disse o secretário-geral da CGTP.

Também o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, falou em “desilusão” e defendeu que não poderão ser só as empresas a ser beneficiadas.

O Governo está mais preocupado em pôr a economia à frente do social”, esquecendo-se de que os rendimentos da classe média precisam de crescer, lamentou Carlos Silva.

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