António Costa: "Não haverá qualquer novo corte de pensões" - TVI

António Costa: "Não haverá qualquer novo corte de pensões"

Primeiro-ministro assegura que os cortes serão eliminados, tal como a sobretaxa de IRS. Fala ainda de um Orçamento, para 2017, de avanço no programa do Governo

Se havia dúvidas o chefe de Governo quis acabar com elas.

Está fora de causa. Não haverá qualquer novo corte de pensões", assegurou hoje o primeiro-ministro.

E António Costa foi mais longe nos esclarecimentos aos jornalistas e quis pôr fim às especulações: "O que está estabelecido no programa do Governo é que os cortes serão eliminados. A sobretaxa [de IRS] será eliminada e os vencimentos serão repostos"

E será já em outubro que o primeiro-ministro quer que aconteça a "última reposição do vencimento dos funcionários públicos".

Para Costa "esta é a trajetória". Uma resposta clara do chefe do Executivo à notícia do Público de hoje que dava conta do possível adiamento da reposição integral dos rendimentos. Segundo o jornal a "decisão de aumentar os pensionistas de mais baixos recursos poderá levar ao adiamento das reposições dos rendimentos mais elevados, que foram alvo de cortes". O tema estaria em discussão com a esquerda que apoia o Governo. 

Já Maria Luís Albuquerque, vice-presidente do PSD e ex-ministra das Finanças, afirmou ontem na Universidade de Verão do partido que "aumentar salários e pensões sem criar riqueza é agravar o problema". 

Sobre eventuais aumentos Costa nada disse mas para a oposição também houve uma palavra do primeiro-ministro.

Sei que a oposição falhou no Governo e agora falha nas previsões mas não vale a pena mantermos o clima de incerteza sobre o que vai acontecer", afirmou Costa perentório.

E já a olhar para o Orçamento do Estado para 2017, assegurou: "A minha convicção é que vamos ter um Orçamento que não seja de recuou. Que não seja de mera consolidação mas avance na Execução do programa do Governo".

Otimismo no crescimento e ainda sem Retificativo

Sobre os dados do crescimento do Produto Interno Bruto, divulgados esta quarta-feira, António Costa assumiu que falta robustez mas mostrou-se otimista.

Estamos a inverter, ainda que ligeiramente, a tendência que vinha de 2015, de desaceleração. O país sofreu quatro anos de um choque económico brutal que nos fez recuar décadas em crescimento, investimento, emprego e investimento e é necessário fazer um esforço acrescido", referiu.

 

Estes números [do INE] indicam que estamos a inverter a tendência que vem de 2015. Não da forma robusta que ambicionamos e para a qual temos que caminhar", acrescentou o primeiro-ministro, que não perdeu a oportunidade para recordar que os dados do emprego, clima económico e confiança são positivo mas que as exportações estão a ser prejudicadas por fatores externos, como as dificuldades em países que recebem muitos produtos portugueses.

Costa volta a frisar que Portugal vai ficar em abaixo dos 2,5% do défice que está acordado em 2016 e ainda não se compromete com um Orçamento Retificativo mas deixa a nota que, se houver, será só por causa da Caixa e não serão, pela primeira vez, "por incumprimento ou por deficiente gestão orçamental".

 

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