O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, vai anunciar ao final da tarde desta segunda-feira a candidatura às eleições presidenciais de 2017, anunciou esta segunda-feira o gabinete do chefe do Governo.
Manuel Valls, socialista, “vai falar esta segunda-feira, 05 de dezembro, às 18:30 (17:30 em Lisboa), na câmara municipal de Evry”, o seu reduto eleitoral na região de Paris, indica um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.
Fontes da equipa de Valls confirmaram à agência de notícias AFP que já não há dúvidas quanto à candidatura às presidenciais do primeiro-ministro, tendo em conta o anúncio do Presidente francês, François Hollande, de que não irá disputar um segundo mandato.
La décision du Président Hollande est celle d'un homme d'État. Un choix mûrement réfléchi. Un choix qui force le respect par sa dignité. pic.twitter.com/c7lFogSa5s
— Manuel Valls (@manuelvalls) 2 de dezembro de 2016
O anúncio de Manuel Valls, enquanto candidato socialista, surge depois de Francois Fillon, ex-primeiro-ministro de 62 anos, ter obtido em eleições primárias uma vitória retumbante para se tornar o candidato presidencial do centro-direita do partido Les Républicains.
A eleição presidencial francesa acontece em duas voltas: a primeira em abril de 2017 e a segunda em maio.
Os socialistas no poder, que surgem atrás nas sondagens do partido Les Républicains e do partido de extrema-direita Frente Nacional, vão ter eleições primárias em janeiro para escolher o próprio candidato presidencial.
Manuel Valls surge como alternativa socialista a François Hollande, que não vai recandidatar-se.
Uma pesquisa de opinião, conduzida na noite de quinta-feira após a declaração de François Hollande, mostrou que os eleitores socialistas e os eleitores franceses de um modo geral, querem ver Manuel Valls ganhar o bilhete do partido para ser candidato a Presidente da República no próximo ano.
Os socialistas enfrentam uma dura batalha sobre se devem ou não aproximar-se do centro ou se devem virar mais à esquerda para tentar recuperar a popularidade que perderam desde que François Hollande foi eleito em 2012.