A Sonae Indústria passou de um lucro de seis milhões de euros a um prejuízo de 74 milhões, referiu a empresa em comunicado.
O volume de negócios nos primeiros seis meses caiu 30% para os 671 milhões de euros, enquanto o EBITDA tombou 90% para os 13 milhões de euros.
Já a margem EBITDA excluindo itens não-recorrentes foi de 2,8%. A dívida líquida consolidada subiu dos 827 milhões para os 896 milhões de euros.
A «crise mundial» é uma das justificações da empresa para este resultado. Em comunicado, o presidente executivo da Sonae Indústria, Carlos Bianchi de Aguiar, refere que «conforme esperado, a situação macroeconómica continua difícil nas regiões onde operamos».
Apesar disso, durante o segundo trimestre, o CEO da Sonae Indústria diz que, durante o segundo trimestre, há um aumento do «EBITDA recorrente quando comparado com o primeiro trimestre de 2009, em consequência da diminuição da estrutura de custos e do incremento da eficiência».
Nos primeiros seis meses deste ano, o activo fixo aumentou 17 milhões de euros, resultante dos investimentos de manutenção, higiene e segurança ambientais.
«Já recebemos propostas de bancos de relacionamento que permitem refinanciar os 80 milhões de euros de obrigações que se vencem em Outubro de 2009», diz a empresa.
Recuperação será lenta nos próximos trimestres
Sobre os próximos trimestres, a Sonae Indústria espera uma «recuperação lenta na indústria de produtos derivados de madeira», já que os volumes parecem ter estabilizado na maioria das geografias onde a empresa está.
A prioridade está na gestão do cash flow, restringindo o investimento e minimizando o fundo de maneio.
«Continuaremos a analisar e implementar medidas de reestruturação adicionais com vista a adaptar a nossa capacidade ao mercado e a fortalecer o nosso balanço», conclui a Sonae Indústria em comunicado.
As acções da empresa fecharam esta quinta-feira a valorizarem 0,70% para os 2,15 euros.
Sonae Indústria passa de lucro a prejuízo de 74 milhões
- Rui Pedro Vieira
- 30 jul 2009, 19:12
EBITDA tomba 90% para 13 milhões nos primeiros seis meses
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