Os Estados Unidos lançaram a sua bomba mais potente, não nuclear, sobre várias cavernas do Estado Islâmico no este do Afeganistão.
Segundo a agência Reuters, que cita um porta-voz do Pentágono, é a primeira vez que a bomba GBU-43 - conhecida como "a mãe de todas as bombas" - é utilizada em combate.
Adam Stump acrescentou que a GBU-43 foi largada de um avião MC-130.
Informações divulgadas pela cadeia CNN, dão conta de que a bomba, com dez toneladas de explosivos, foi lançada às 19:00 locais, cerca das 14:30 em Lisboa.
Fontes militares norte-americanas revelaram também que o alvo foi um complexo de túneis e cavernas usados pelo Daesh e também milícias estacionadas no distrito de Achin, na província de Nangarhar, situada a leste do Afeganistão e da sua capital Cabul. Nessa região, um soldado dos Estados Unidos foi morto no passado fim de semana durante uma operação contra os jiadistas.
Negar "espaço operacional" ao Daesh
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, abordou entretanto o ataque lançado no Afeganistão.
Os Estados Unidos levam muito a sério a luta contra o ISIS e, para os derrotar, devemos negar-lhes o espaço operacional, o que fizemos", disse, assumindo que o lançamento da bomba MOAB "visava um sistema de túneis e cavernas que os jiadistas usam para se movimentar livremente".
Os peritos militares dos Estados Unidos estão ainda a avaliar e monitorizar os danos e consequências do lançamento da bomba no Afeganistão.
O general John Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, que terá estado na linha de comando que decidiu o bombardeamento, considerou através de uma declaração, ter sido a opção certa para atacar a rede de túneis "e manter o ímpeto da ofensiva contra o ISIS".
As forças dos Estados Unidos tomaram todas as precauções para evitar vítimas civis com este ataque a greve. Continuaremos com as operações até que o ISIS seja destruído no Afeganistão", lê-se no comunicado do comando norte-americano no país asiático.