Antuérpia: carro entra a alta velocidade em rua pedonal - TVI

Antuérpia: carro entra a alta velocidade em rua pedonal

Transeuntes conseguiram desviar-se a tempo. Autoridades só conseguiram travar a viatura após uma perseguição pelo centro da cidade. Suspeito, de nacionalidade francesa, mas originário do Norte de África, foi detido

Um carro entrou "a alta velocidade" na principal rua pedonal de Antuérpia, pelas 11 horas desta quinta-feira, não causando feridos. O suspeito de tentar abalroar a multidão foi detido pela polícia belga, depois de uma perseguição pelo centro histórico da segunda maior cidade do país.

Foi identificado como sendo Mohamed R., 39 anos, um cidadão francês originário do Norte de África, ao que tudo indica da Tunísia. Vestia um camuflado e na bagageira do seu carro tinha facas, uma espingarda e um bidão com um produto ainda por determinar, informou o chefe da polícia de Antuérpia, Serge Muyters, em conferência de imprensa.

A capital da Flandres, onde se situa o décimo maior porto da Europa, foi colocada sob “vigilância reforçada”.

“O veículo circulou a grande velocidade sobre o Meir [a rua pedonal muito frequentada por turistas], com as pessoas que estavam na rua a conseguirem fugir”, descreveu Serge Muyters.

Foi estabelecido, de imediato, um perímetro de segurança e efetuado o reforço policial e militar na cidade.

O incidente foi descrito pelo autarca de Antuérpia, Bart De Weyer, como um “possível atentado terrorista”.

Os militares destacados para as zonas sensíveis do país, onde o nível de alerta antiterrorista é de 3 numa escala de 4, tentaram “imediatamente” travar a viatura, seguindo-se a perseguição. O veículo só foi travado depois de percorrer várias ruas do centro da cidade, sem, no entanto, causar vítimas, assegurou o chefe da polícia, que confirmou que “a vigilância foi reforçada em Antuérpia”.

O presidente francês, François Hollande, afirmou que o francês detido “queria matar” ou “provocar um acontecimento dramático”.

“Devemos estar muito atentos e mobilizar todas as nossas forças” para que, “além dos nossos militares e polícias, possamos ter toda a capacidade para prevenir e reagir em situações semelhantes”, disse Hollande à imprensa, à margem de uma visita ao Salão do Livro de Paris.

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