O líder do partido social-democrata alemão, SPD, anunciou, esta terça-feira, que Martin Schulz irá concorrer contra Angela Merkel nas próximas eleições.
Sigmar Gabriel, que também é membro do governo de Merkel, garantiu ainda que a candidatura do ex-presidente do Parlamento Europeu conta com o apoio do partido.
Para o atual vice-chanceler e ministro da Economia do governo de Merkel, a candidatura de Schulz abre caminho para o fim da coligação do partido de Angela Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU), com o SPD, que tem governado a Alemanha desde 2013.
Segundo as sondagens citadas pela Reuters, a candidatura de Martin Schulz terá maior hipótese de derrotar a atual chanceler alemã, que lidera o país desde 2005, sendo considerada a líder mais poderosa da Europa.
As políticas de Angela Merkel e do ministro das Finanças, Wolfgang Schauble, têm contribuído sem dúvida para as profundas crises na UE desde 2008, para o isolamento de um governo alemão dominante e para uma insistente insistência na austeridade, para um elevado desemprego fora da Alemanha", disse Gabriel em comunicado.
"Enquanto presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz fez uma campanha contra o populismo de direita", disse Gabriel, que considera Merkel responsável pelo aumento do populismo na Europa.
O governante defende ainda que a posição de Schulz irá ajudar na luta pela justiça social e na defesa da democracia no país.
Por outro lado, Martin Schulz, de 61 anos, terá a difícil tarefa de expulsar Merkel do governo, quando as sondagens ainda apontam para um significativo apoio dos membros mais conservadores do SPD.
Sigmar Gabriel revelou ainda que irá ocupar o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, em substituição de Frank-Walter Steinmeier.
O partido social-democrata alemão vai votar no domingo a candidatura oficial de Schulz para chanceler da Alemanha. Nesse mesmo dia, será apresentado o programa eleitoral dos sociais-democratas.