Novo atentado em França: um padre morto em sequestro a igreja - TVI

Novo atentado em França: um padre morto em sequestro a igreja

Eliseu fala em ataque terrorista e responsabiliza Estado Islâmico, que entretanto reivindicou a autoria do atentado. Sequestro ocorreu na Normandia, perto de Rouen. Dois atacantes, armados com facas, foram abatidos pelas autoridades. Há ainda um ferido muito grave

Dois homens armados com facas fizeram cinco reféns numa igreja na Normandia, perto de Rouen, em França, nesta terça-feira, antes de serem abatidos pela polícia, confirmaram as autoridades do país.

Um dos reféns da igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, um padre, Jacques Hamel, 86 anos, foi degolado pelos atacantes e um outro refém, uma mulher, foi ferida com gravidade, tendo sido transportada ao hospital. Os restantes três reféns foram resgatados "sãos e salvos", segundo o Ministério do Interior.

O Eliseu fala em atentado terrorista e o próprio Presidente, François Hollande, que se deslocou a Rouen, de onde, aliás, é natural, responsabilizou o Estado Islâmico pelo sequestro e pelo homicídio do padre.

O Estado Islâmico reivindicou, de seguida, a autoria do ataque, dizendo que os dois atacantes eram seus "soldados".

De acordo com o porta-voz do Ministério do Interior, os dois atacantes foram abatidos pela polícia "quando saíam da igreja". Pierre-Henry Brandet confirmou igualmente a morte de um dos reféns e um ferido "muito grave".

As vítimas do sequestro foram um padre, duas freiras e dois paroquianos da igreja onde decorria uma cerimónia. Terá sido uma das paroquianas a dar o alerta, depois de conseguir fugir do local.

Agentes do corpo de elite da Brigada de Investigação e Intervenção (BRI) da polícia puseram fim ao sequestro, que começou entre as 09:00 e as 09:30 (08:00 e 08:30 em Lisboa), cerca das 11 horas locais. 

Decorrem também operações de buscas de eventuais explosivos.

As motivações dos atacantes bem como a sua identidade estão, ainda, por apurar, mas a unidade antiterrorismo já tomou conta da investigação.

Segundo o Le Figaro, que cita fonte próxima da investigação, um dos atacantes estaria referenciado pelas autoridades turcas como simpatizante jihadista, que cumpriu pena de prisão recentemente e desde março deste ano que estava em casa com pulseira eletrónica.

O Vaticano já veio a público condenar o que diz ser um "crime bárbaro", dizendo que o Papa Francisco ficou chocado com a notícia da morte do padre, particularmente por ter ocorrido numa igreja.

Este sequestro ocorreu num contexto de grande tensão em França, duas semanas depois do ataque em Nice, a 14 de julho, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

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