Guterres quer mais ambição no combate ao aquecimento global - TVI

Guterres quer mais ambição no combate ao aquecimento global

Guterres

Secretário-geral da ONU insta líderes políticos a pararem de fazer “apostas num futuro insustentável”, durante a 23ª Conferência do Clima

Mais ambição no combate ao aquecimento global, é um “dever” das atuais e futuras gerações. Assim frisou António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), esta quarta-feira, perante vários líderes políticos mundiais reunidos na 23ª Conferência do Clima, que decorre em Bona, na Alemanha.

O antigo primeiro-ministro português apontou cinco áreas-chave em que a prestação dos países tem de ser mais ambiciosa: “emissões, adaptação, finanças, parcerias e liderança”.

Num encontro que reuniu figuras políticas de topo como o Presidente francês, Emmanuel Macron, ou a chanceler alemã, Angela Merkel, Guterres sublinhou ainda que o planeta tem de apostar urgentemente em financiamentos “verdes”.

“O mundo devia adotar uma regra simples: se grandes projetos infraestruturais não forem verdes, não deveriam receber luz verde. Caso contrário, estaremos destinados a más decisões nas próximas décadas”, afirmou o secretário-geral da ONU. Isto porque, avisa Guterres, o desfecho é claro: “temos que parar de fazer apostas num futuro insustentável, que colocará poupanças e sociedades em risco”.

Por esta razão, o líder português falou na necessidade de disponibilizar os 100 mil milhões de dólares anuais para os países em desenvolvimento, acordados em 2009, em Copenhaga, na Dinamarca. Um apelo seguido de outra chamada de atenção à liderança política, que tem de ser mais audaz nas suas decisões.

“Mostrem sabedoria no investimento em oportunidades do futuro. Mostrem compaixão em preocuparem-se com o tipo de mundo que construímos para as nossas crianças”, sentenciou.

A conferência de Bona começou no passado dia 6 de novembro e acontece um ano depois da entrada em vigor do Acordo de Paris, já ratificado por 170 países. Recorde-se que, ainda no passado mês de junho, Donald Trump anunciou a decisão de retirar os Estados Unidos da América do acordo.

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