Málaga: autoridades colocam hipótese de Julen não estar no poço - TVI

Málaga: autoridades colocam hipótese de Julen não estar no poço

  • JFP
  • 15 jan 2019, 19:05
Buscas em Totalan

No terreno, juntou-se às equipas de resgate a empresa que localizou, em agosto de 2010, os 33 mineiros que ficaram presos numa mina no Chile

As buscas pelo bebé de dois anos que desapareceu num poço em Málaga duram há mais de 48 horas. À medida que os trabalhos avançam, surgem novas hipóteses para o acontecimento e também novas forças para ajudar a encontrar Julen.

A Guardia Civil anunciou esta terça-feira que não tem nenhuma evidência de que o pequeno Julen esteja no fundo do poço, escreve o El Español.

Não estamos convencidos de nada. Estamos a tentar saber o que há dentro do buraco”, afirmou Bernardo Moltó, porta-voz do Instituto Armado, antes de dizer que os trabalhadores não sabem, nesta altura, quanto tempo vai demorar a abrir a cavidade para chegar ao fundo do poço.

Por sua vez, o pai da criança diz que as equipas “não estão a fazer nada de nada, que há 30 horas que um menino está dentro de um poço”. “Estamos a morrer!”, afirmou José Rosello.

As autoridades estão a reconstruir os passos de Julen, diz o Diário Sur, para tentarem perceber o que aconteceu naquela tarde de domingo junto ao poço de 107 metros de profundidade, comunicou a subdelegada do Governo espanhol em Málaga Mária Gámez.

No terreno, juntou-se às equipas de resgate a empresa que localizou, em agosto de 2010, os 33 mineiros que ficaram presos numa mina no Chile, avança o mesmo órgão.

A companhia sueca de geolocalização pode vir a identificar o sítio exato onde está o bebé. A Stockholm Precision Tools AB disponibilizou esta terça-feira um técnico para acompanhar os trabalhos em Totalán.

Sabe-se ainda, de acordo com o El País, que o poço onde o menino terá caído e que estava desprotegido e sem qualquer sinalização, era ilegal.

Este buraco, que fica muito próximo do dólmen do Cerro de la Corona, local turístico também conhecido como Tumba del Moro, na Andaluzia, não estava registado com autorização na Junta daquela região.

Aquele jornal espanhol cita fontes da Junta de Andaluzia que referem que nem o departamento de minas nem o das águas da Administração Autónoma tinha conhecimento do poço, feito sem permissão para procurar águas subterrâneas.

A esta altura, uma centena de pessoas participam na operação de resgate da criança desde as 14:00 horas de domingo, quando o pai do menino e o serviço 112 avisaram a Guarda Civil que ele tinha caído no poço, um buraco para prospeção e busca de água.

Para o local foram destacados elementos do serviço 112, do Consórcio Provincial de Bombeiros, Proteção Civil, a Equipa de Resgate e Intervenção de Montanha (EREIM) de Álora e Granada, submarinistas e bombeiros de Málaga. Algumas empresas privadas estão a ajudar nas buscas fornecendo equipamento para tentar localizar a criança.

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