Charlie Gard: professor que ofereceu ajuda tinha “interesse financeiro” - TVI

Charlie Gard: professor que ofereceu ajuda tinha “interesse financeiro”

  • JP
  • 25 jul 2017, 12:46
Hospital do Vaticano estuda a hipótese de acolher Charlie Gard

O neurologista afirmou que o problema de Charlie poderia ser revertido

O médico americano, Michio Hirano, que se ofereceu para ajudar Charlie Gard teria um "interesse financeiro" no método de tratamento proposto, afirmou o Great Ormond Street Hospital (GOSH) em comunicado.

Michio Hirano disse ter novas informações sobre a condição do bebé e que os medicamentos experimentais fornecidos durante a terapia poderiam dar-lhe a oportunidade de uma vida normal.

O neurologista de 56 anos, de Nova Iorque, afirmou que o dano cerebral de Charlie poderia ser revertido.

Numa declaração, o Great Ormond Street Hospital afirmou ter ficado desapontado com o facto de o Dr. Hirano ter dado provas e esperança no tribunal sem nunca ter visitado Charlie ou ter lido a informação médica de outros especialistas. 

O Dr. Hirano afirmou, a 13 de julho que não visitou o hospital para examinar Charlie e que não tinha lido os registros médicos ou visto a imagem cerebral. Também não tinha consultado as segundas opiniões sobre a condição do bebé, ou lido a decisão do juiz feita a 11 de abril ", disse o hospital, num comunicado lido no Tribunal Superior.

O Great Ormond Street Hospital revelou-se também preocupado por ouvir pela primeira vez que o professor, listado enquanto testemunha, tinha interesses financeiros em alguns dos compostos que propôs prescrever a Charlie.”

Os pais de Charlie Gard decidiram colocar um ponto final na batalha legal a que deram início nos tribunais britânicos, para conseguirem que o filho, de 11 meses, fosse autorizado a viajar para os Estados Unidos e ser sujeito a um tratamento experimental, com nucleósidos.

Recorde-se que o bebé que o bebé nasceu com uma doença rara que lhe provocou danos cerebrais irreversíveis. Desde março que os pais de Charlie Gard, lutavam nos tribunais para que a máquina que mantinha o filho vivo não fosse desligada pelo hospital britânico onde o bebé estava internado.

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