A candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, que vai disputar a segunda volta das eleições presidenciais francesas, realçou o resultado "histórico" hoje alcançado, considerando que chegou o momento de "libertar o povo" francês.
"O grande desafio destas eleições é a globalização selvagem", disse Le Pen, sublinhando que "está em jogo a sobrevivência da França".
A líder da Frente Nacional, que discursava no seu feudo eleitoral de Hénin-Beaumont, no norte de França, assinalou que, ao aceder à segunda volta, o seu partido deu "o primeiro passo para que os franceses cheguem ao Eliseu".
Se as projeções de confirmarem e Marine Le Pen chegar a cerca de 21% de votos, a candidata da extrema direita terá arrecadado a preferência de mais de 7 milhões de pessoas.
Le Pen, de 48 anos, fica assim aquém das sondagens que lhe davam a vitória na primeira volta. E de quem defendia que o atentando de quinta-feira, em Paris, ajudaria a sua candidatura já que foi a voz mais sonante - na reação - defendendo o encerramento de fronteiras e a expulsão do país de todos os suspeitos de ligações ao auto proclamado estado Islâmico.
Para já, a candidata conta com a forte oposição do atual governo francês, cujo primeiro-ministro, Bernard Cazeneuve, que já apelou ao voto em Macron.