Apanhado “lobo solitário” que queria matar primeiro-ministro espanhol - TVI

Apanhado “lobo solitário” que queria matar primeiro-ministro espanhol

Pedro Sanchez

O homem, que era vigilante de segurança privada, tinha em casa 16 armas de fogo e foi detido graças ao Whatsapp

A polícia espanhola deteve um atirador de 63 anos que pediu ajuda num grupo de Whatsapp para assassinar o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. O detido, de nome Manuel Murillo Sanchez, queria vingar-se do líder socialista, que aprovou a exumação dos restos mortais do ditador Francisco Franco para serem retirados do Vale dos Caídos, um mausoléu que o próprio Franco mandou construir para homenagear os nacionalistas mortos na Guerra Givil Espanhola e que fica a 55 quilómetros de Madrid.

De acordo com o jornal espanhol Publico, o homem confessou aos contactos na rede social que não estava familiarizado com as ferramentas da Internet e pediu ajuda para obter a agenda dos eventos do chefe do Governo e a localização específica do primeiro-ministro em determinados momentos.

O plano acabou por não correr como Manuel Murillo Sanchez esperava. Um dos membros do grupo de Whatsapp avisou a polícia catalã das intenções do atirador, que acabou por ser capturado, em Terrassa, perto de Barcelona.

O homem, que era vigilante de segurança privada, tinha em casa 16 armas de fogo, incluindo espingardas de alta precisão e uma metralhadora de assalto. No carro, tinha ainda duas pistolas, uma delas modificada e ilegal.

Manuel Murillo Sanchez é um excelente atirador, o melhor do clube de tiro olímpico de Vallés, onde praticou e competiu com sucesso durante muitos anos, até se tornar um especialista em armamento, um sniper proeminente capaz não apenas de modificar armas, mas até de construí-las.

Para a polícia, o detido era o “lobo solitário” perfeito.

Um homem anónimo com licença de porte de armas, cuja perícia no tiro não chamou a atenção, assim como não levantava suspeitas por andar com uma arma, porque precisava dela para o trabalho", explicou ao jornal espanhol uma fonte próxima da investigação.

Manuel Murillo Sanchez, com um historial familiar de problemas psicológicos, não temia uma eventual detenção depois de cometer o crime. O atirador disse no chat do Whatsapp que estava “disposto a sacrificar-se por Espanha.”

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