Este 15 de janeiro foi um dia histórico para o Reino Unido, com a votação do acordo do Brexit, que foi chumbado. Mas também era suposto ser um dia histórico para a deputada Tulip Siddiq, do Partido Trabalhista, que tinha a sua cesariana marcada precisamente para esta terça-feira.
No tempo limite da gravidez, acabou por adiá-la, para marcar presença na importante votação. O filho só irá nascer daqui a dois dias, no Royal Free Hospital, em Hampstead. No Twitter, a própria agradeceu as mensagens de apoio que recebeu e explicou a sua decisão:
"A minha decisão de atrasar o nascimento do meu bebé não é tomada de ânimo leve. Deixem-me ser clara, eu não tenho fé no sistema de paridade - em julho, o Governo roubou o voto de uma nova mãe. É meu dever representar Hampstead & Kilburn [os distritos que representa], e farei exatamente isso".
Thank you all for supportive messages. My decision to delay my baby's birth is not one I take lightly. Let me be clear, I have no faith in the pairing system - in July the Govt stole the vote of a new mother. It's my duty to represent Hampstead & Kilburn, and I will do just that.
— Tulip Siddiq (@TulipSiddiq) 15 de janeiro de 2019
O marido de Siddiq, Christian Percy, empurrou Tulip Siddiq numa cadeira de rodas, na Câmara dos Comuns. Entretanto, no Twitter, uma jornalista publicou uma imagem da deputada.
Tulip Siddiq, who delayed her caesarean section so she could vote tonight, is in her wheelchair in the Commons pic.twitter.com/Das9a1XMxy
— kateferguson (@kateferguson4) 15 de janeiro de 2019
"O meu filho pode entrar no mundo um dia depois da data que os médicos aconselharam, mas será um mundo com melhores chances de um relacionamento forte entre a Grã-Bretanha e a Europa, então vale a pena lutar", disse o pai, ator de 36 anos, ao Evening Standard.
Este será o segundo filho da deputada do maior partido da oposição no Reino Unido. Por ter desenvolvido diabetes gestacional, foi aconselhada pelos médicos a ter o bebé esta segunda ou esta terça-feira. A equipa médica acabou por concordar em alterar a data, segundo disse fonte do seu escritório à CNN.