Morreu aluno que provocou tiroteio em secundária norte-americana - TVI

Morreu aluno que provocou tiroteio em secundária norte-americana

Dois estudantes ficaram feridos com gravidade e o atirador, outro aluno, morreu numa troca de tiros com um segurança. Escola investigou ameaça de tiroteio no mês passado, mas considerou hipótese "não fundamentada"

Um aluno de 17 anos, que provocou um tiroteio numa escola secundária na localidade de Great Mills, no estado norte-americano de Maryland, morreu e dois outros ficaram feridos, segundo informação das autoridades locais.

Numa breve conferência de imprensa, o xerife Tim Cameron não confirmou se o aluno que estava armado e disparou foi efetivamente baleado pelo segurança, que saiu ileso da troca de tiros.

Além do atirador, de seu nome Austin Wyatt Rollins, dois outros alunos, uma rapariga e um rapaz, foram baleados e encaminhados para um hospital. Ela, com 16 anos, está ainda em estado crítico; ele, com 14, está agora estável.

O chefe da polícia adiantou ainda ter indicações de que o atirador e a rapariga baleada, que está em risco de vida, tiveram um relacionamento no passado.

O incidente ocorreu cerca das 8:15 locais (12:15 em Lisboa), quando o aluno, armado com um revólver, disparou antes do início das aulas contra uma colega e um colega. Depois, a polícia a cercou a escola, fechou-a retirando os alunos para uma outra secundária  próxima.

Pouco depois de chegar ao local, a polícia da localidade de Great Mills - situada a cerca de 100 quilómetros a sul da capital norte-americana, Washington - considerou a situação como "controlada".

Agentes da polícia vasculharam a escola, sala a sala, tratando de retirar em segurança os cerca de 1600 alunos. Depois, durante a manhã, foi indicado aos encarregados de educação que se encontrassem com os filhos na secundária vizinha de Leonardtown.

É para isto que somos treinados, é para isto que nos preparamos e rezamos para nunca ter de o fazer. Hoje, cumpriu-se o nosso pior pesadelo. A ideia de que 'aqui não acontece' já não é uma noção", disse o chefe da polícia.

A polícia de Great Mills pede agora a colaboração a quem tenha informações capazes de ajudar a esclarecer o que levou o jovem aluno a ir armado e a disparar na escola.

Ameaças em fevereiro

De acordo com a agência noticiosa AP, o diretor da escola afiançou aos pais no mês passado que tinham sido investigadas ameaças de um possível tiroteio, tendo-se concluído que as mesmas não eram "fundamentadas".

O diretor Jake Heibel terá dito aos pais que tinham sido entrevistados dois alunos em fevereiro, os quais teriam ouvido falar da hipótese de um ataque, sendo que a polícia local também averiguou os indícios, como foi documentado no site de informação local The Bay Net.

O diretor afirmou, ainda assim, que a escola aumentou os seus dispositivos de segurança após a circulação de mensagens nas redes sociais sobre um possível tiroteio.

Mas, no passado dia 16 de fevereiro, a polícia local investigou dois estudantes da vizinha secundária de Leonardtown, os quais teriam falado num autocarro da ideia de abrir fogo na escola. Os jovens, de 15 e 16 anos, negaram, mas na casa de um deles forma encontradas 39 armas de fogo sem as devidas licenças. O pai do rapaz foi detido e acusado.

 

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