Libertado após 20 anos na cadeia por crime que não cometeu - TVI

Libertado após 20 anos na cadeia por crime que não cometeu

Marco Contreras, poucos minutos depois de ser libertado

É o segundo caso de sucesso do Projeto pelos Inocentes, da Loyola Law School, em poucos dias. Marco Contreras sempre reclamou inocência dos crimes de tentativa de homicídio e roubo numa estação de serviço, em Los Angeles, em 1996

Marco Contreras passou mais de 20 anos na cadeia por um crime que não cometeu. Tinha sido condenado por tentativa de homicídio e roubo numa estação de serviço em Los Angeles, em 1996.

Sempre reclamou inocência, mas foi sentenciado com uma pena de prisão perpétua.

O Projeto pelos Inocentes da Loyola Law School pegou no caso de Marco Contreras e provou a sua inocência. O homem, de 41 anos, foi libertado na última terça-feira, dia 28 de março, depois de passar quase metade da vida dele na cadeia.

É o segundo caso de sucesso da Loyola Law School em poucos dias, em Los Angeles. A 17 de março, Andrew Wilson foi libertado, após 32 anos na cadeia por um crime que não cometeu, depois de os advogados e os estudantes de Direito do Projeto pelos Inocentes terem descoberto novas provas e terem reaberto o caso.

Marco Contreras foi condenado há 20 anos, depois de ter sido erradamente identificado por uma testemunha. De acordo com os advogados, as identificações erradas são responsáveis por três quartos das condenações erradas nos Estados Unidos.

Marco, que já foi festejar com a família com “uma boa refeição mexicana”, diz que sempre acreditou que este dia iria chegar: “Limitei-me a ser paciente e esperar.”

Passou o tempo na cadeia a tentar “viver uma vida espiritual, focando as coisas positivas, ajudando os outros, chegando junto dos outros”.

Outro homem foi agora preso pelo crime em causa. A advogada Laurie Levenson, que liderou a equipa que reabriu o caso reforça que “Marco Contreras não saiu da cadeia por uma questão técnica. Saiu porque é, de facto, inocente”.

Laurie Levenson elogiou também os magistrados do Ministério Público, que não tiveram pudor em admitir as falhas do julgamento e da investigação: “É preciso ser-se muito grande, como o foi o nosso procurador distrital, para admitir que foram cometidos erros, para preferir remediar os erros cometidos do que passar a imagem de que estava certo. Nem toda a gente está disposta a admitir uma coisa destas”.

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