Há 350 mil crianças na zona de Mossul que exército quer recuperar - TVI

Há 350 mil crianças na zona de Mossul que exército quer recuperar

Iraque tenta reconquistar o que ainda falta de Mossul. Primeiro-ministro iraquiano anuncia o lançamento de operações militares

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou hoje o lançamento de operações militares para recuperar a parte ocidental da cidade de Mossul controlada pelo Estado Islâmico.

O primeiro-ministro anunciou o lançamento das operações de libertação na parte ocidental de Mossul”, indica um comunicado divulgado.

O exército iraquiano e as forças curdas lançaram no passado dia 17 de outubro uma ofensiva para libertar Mossul, controlada pelos jihadistas desde junho de 2014, e conseguiram o controlo da parte leste da cidade a 24 de janeiro, após semanas de combates intensos.

A intenção era que a cidade bastião do Estado Islâmico voltasse inteiramente para as mãos do governo iraquiano até ao final de 2016, mas foi depois anunciado que as forças militares necessitariam de mais três meses.

Esta operação vai ser dificultada pelo facto de ser uma zona de ruas muito estreitas, onde os veículos militares não conseguem aceder.

As agências humanitárias preparam o acolhimento de milhares de civis, que poderão fugir de Mossul, mas temem que os combates se prolonguem e deixem centenas de milhares de pessoas presas na cidade ao longo de semanas ou meses.

Segundo a ONG Save the Children, cerca de 350 mil crianças estão retidas naquela zona de Mossul.

As forças iraquianas e os seus aliados, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as crianças e as suas famílias, e evitar que edifícios civis como escolas e hospitais sejam atingidos, à medida que vão entrando em Mossul”, disse o diretor da Organização Não Governamental, Maurizio Crivallero, em declarações à agência France Presse.

A Save the Children alerta que a fuga não é uma opção para a maior parte das crianças, que além de correrem o risco de se verem no meio de um cenário de batalha, podem ficar sem acesso a água, comida e medicamentos.

 

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