A "dona de casa" que lidera combates contra o Estado Islâmico - TVI

A "dona de casa" que lidera combates contra o Estado Islâmico

  • Sofia Santana
  • 29 set 2016, 10:49

Wahida Mohamed, mais conhecida como Um Hanadi, é uma guerrilheira que há muito combate o Estado Islâmico no Iraque. Lidera um grupo de cerca de 70 homens que defende a região de Shirqat

Está no topo da lista dos mais procurados pelo Estado Islâmico. Já a tentaram assassinar por seis vezes. Wahida Mohamed, mais conhecida como Um Hanadi, é uma guerrilheira que há muito combate os jihadistas no Iraque. Numa guerra dominada por homens, histórias de mulheres como Um Hanadi são exemplos raros.

Na área de Shirqat, a 80 quilómetros a sul de Mossul, há um grupo de cerca de 70 homens que defende a região dos terroristas do Estado Islâmico. À frente desta milícia iraquiana está uma mulher: Um Hanadi, de 39 anos, é mãe de duas filhas e descreve-se como uma "dona de casa". 

Uma "dona de casa" que, segundo revelou em entrevista à CNN, já recebeu ameaças diretas dos oficiais de topo do Estado Islâmico, incluindo do seu líder máximo,  Abu Bakr al-Baghdadi.

“Recebi ameaças dos líderes de topo do Estado Islâmico, incluindo do próprio Abu Bakr (al-Baghdadi)”, contou.

Um Hanadi começou a combater terroristas em 2004. Na altura, ajudava as forças iraquianas a lutar contra uma célula da Al-Qaeda que depois se fundiu no Estado Islâmico. Hoje, esta mulher é das pessoas mais procuradas pela organização terrorista.

“Estou no topo da lista dos mais procurados. Ainda mais do que o primeiro-ministro”, sublinha.

Casou por duas vezes e, por duas vezes, viu o marido morrer em combate. Também o pai e os três irmãos morreram às mãos dos rebeldes. Ela, escapou à morte por seis vezes.

“Tentaram assassinar-me por seis vezes. Tenho cicatrizes na cabeça, nas pernas e as minhas costelas estão partidas.”

Mas nem as cicatrizes nem as costelas partidas a impediram de continuar a lutar. À CNN contou que liderou os seus homens em várias batalhas vitoriosas. 

Um testemunho que, tudo indica, será perpetuado no tempo. É que as filhas, de 20 e 22 anos, já receberam treino militar e também estão prontas para lutar. 

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