Síria: adiada votação na ONU sobre o cessar-fogo - TVI

Síria: adiada votação na ONU sobre o cessar-fogo

  • 23 fev 2018, 22:39

Novo texto de resolução foi redigido e deverá ser votado apenas no sábado, às 17:00, hora de Lisboa.

A votação nas Nações Unidas sobre o cessar-fogo na Síria foi adiada para sábado às 17:00 TMG (mesma hora em Lisboa), segundo fontes diplomáticas. Só os bombardeamentos desta semana já mataram mais de 400 pessoas na região de Ghouta.

Um autêntico massacre e pelo menos 2.000 feridos, muitos crianças. Esta é já uma guerra de há sete anos, que mata mais de 180 pessoas todos os dias. Todos os dias. Enquanto morrem - todos os dias - inúmeras pessoas no país, a comunidade internacional empurra o problema com a barriga.

A votação do Conselho de Segurança sobre um texto que prevê um cessar-fogo humanitário na Síria, inicialmente prevista para hoje, será realizada no sábado às 17:00 TMG", disseram fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa AFP.

Um novo texto de resolução foi, entretanto, desenvolvido. Quando um texto é finalizado, a prática na ONU é esperar pelo menos pelo dia seguinte para a votação.

As conversações sobre um cessar-fogo decorrem desde o dia 9 de fevereiro com o objetivo de evitar um veto pela Rússia, aliado do regime de Damasco.

No início da semana, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu uma suspensão imediata de "todas as atividades de guerra" no leste de Ghouta, onde disse que 400 mil pessoas vivem "o inferno na terra".

O projeto de resolução exige que, assim que o cessar-fogo entre em vigor, todas as partes devem permitir comboios humanitários e equipas médicas em áreas solicitadas pelas Nações Unidas.

Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’, e várias frentes de combate.

Num território bastante fragmentado, o conflito civil na Síria provocou, desde 2011, mais de 350 mil mortos, incluindo mais de 100 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.

Nas últimas semanas registaram-se vários ataques e bombardeamentos pelas forças do Presidente al-Assad, que provocaram centenas de mortos.

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