Antes de se encontrar com Putin, Tsipras confraternizou com imigrantes gregos em São Petersburgo. Ocasião para depor um ramo de flores aos pés da estátua de Ioánnis Kapodístrias, primeiro governador da Grécia independente, mas que antes disso foi ministro dos negócios estrangeiros do czar Alexandre Primeiro na primeira metade do século XIX.
Depois, Tsipras seguiu para o fórum económico onde estava Vladimir Putin, e frisou que o problema da Grécia é o problema da Europa:
“A União Europeia, de que a Grécia faz parte, devia encontrar o caminho de volta aos seus princípios estatutários: solidariedade, democracia, justiça social. Ao agarrar-se a políticas de austeridade e a políticas que prejudicam a coesão social, que agravam a recessão, isso, infelizmente, é impossível”.
Com tanta coisa em jogo e em aberto, no entanto, o primeiro-ministro grego garantiu em comunicado que vai haver uma solução baseada no respeito pelas regras da União Europeia e da democracia, que permitirá à Grécia regressar ao crescimento económico mantendo a moeda única.
Tsipras diz também que a cimeira extraordinária de líderes da zona euro marcada para segunda-feira é um passo positivo nesse sentido.
Quanto a negócios com a Rússia, o gasoduto russo “turkish stream”, que atravessará o mar negro e a Turquia vai passar também por território grego. Mas, apesar do enorme aperto que vive Atenas, nesta segunda viagem à Rússia desde que está no poder, mais uma vez Alexis Tsipras não pediu ajuda financeira a Vladimir Putin.