Após três dias de "shutdown" - a situação que obriga ao encerramento dos serviços da administração norte-americana que não sejam imprescindíveis - os senadores chegaram a um acordo, viabilizando um orçamento temporário.
Chuck Schumer, líder da bancada minoritária dos democratas no Senado, mantém, contudo, a posição de que só viabilizará o orçamento da administração Trump, caso seja retirada a ideia de expulsar jovens imigrantes nos Estados Unidos, que aí chegaram de forma ilegal.
Votaremos hoje para reabrir os serviços do governo e continuar a negociar um acordo global", afirmou o senador Schumer, citado pelo site da BBC.
Do lado republicano, maioritário no Senado, a posição continua a ser a de que os democratas devem aprovar primeiro o orçamento e só depois discutir as questões da imigração.
Precisamos de seguir em frente e o primeiro passo, verdadeiramente o primeiro passo, é pôr cobro ao shutdown", sublinhou o senador republicano Mitch McConnell.
O acordo desenhado esta segunda-feira permite o funcionamento de serviços que tinham ordem para encerrar as suas atividades desde que o impasse surgiu na sexta-feira, o que incluía, por exemplo, o FBI, o Departamento de Segurança Interna e até a estátua da Liberdade.
O orçamento provisório permite assim a continuidade do funcionamento dos serviços, na expetativa de ser alcançado um acordo até ao dia 8 de fevereiro.
Na votação, 81 senadores votaram a favor do orçamento provisório e 18 contra. O documento deverá agora ser remetido para a Câmara dos Representantes, onde é de esperar que seja também aprovado.
Alívio de Trump
Aliviado e agradado, após saber do acordo no Senado, ficou o vice-presidente norte-americano Mike Pence, em visita a Israel, onde está com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Congratulamo-nos com a notícia de que, graças à firme posição tomada pelo presidente Trump e pelo republicanos da Câmara e do Senado, o shutdown em Washington está a chegar ao fim", sublinhou Pence.
Ao final da tarde em Washington, foi a vez da Câmara dos Representantes aprovar o orçamento temporário por 266 votos a favor e 150 contra.
O acordo aprovado, segundo refere a agência Reuters, prevê uma extensão por seis anos do programa de seguros de saúde para crianças, mas nenhuma referência à questão dos jovens imigrantes, que os democratas têm recusado deixar cair.
O orçamento provisório será agora enviado ao presidente dos Estados Unidos, sendo que Donald Trump já prometeu assiná-lo prontamente e dar-lhe letra de lei para evitar o congelamento de serviços da administração.