Duas explosões, seguidas de tiros, foram ouvidos hoje numa rua em Mogadíscio, onde estão localizados os ministérios do governo somali, revelaram fontes policiais e testemunhas. O ataque fez pelo menos cinco mortes e 10 feridos.
"Houve duas explosões perto de ministérios em Mogadíscio e tiros esporádicos, que continuam", declarou Abdukadir Mohamed, um dos polícias, citado pela AFP.
Segundo as testemunhas, uma forte explosão foi seguida por uma outra mais fraca, perto dos ministérios das Obras Públicas e do Trabalho.
"Houve uma forte explosão na entrada do edifício ministerial e, poucos minutos depois, outra explosão", disse Mohamed Adan, uma das testemunhas.
O ministro do Trabalho da Somália é uma das cinco vítimas mortais contabilizadas até agora. De acordo com o capitão Mohamed Hussein, o ministro, Saqar Ibrahim Abdalla, foi morto no seu escritório, no rés-do-chão, logo após a invasão do edifício por um grupo de homens armados, na capital da Somália, Mogadíscio.
A mesma fonte adiantou que as forças de segurança já puseram fim ao cerco feito pelo grupo armado ao edifício.
Pelo menos cinco homens armados invadiram o prédio, depois de um atentado suicida com um carro bomba, às portas do edifício, perto da sede dos serviços secretos.
As forças de segurança somali trocaram tiros com os atacantes, para conseguir assumir o controlo do edifício.
O grupo extremista islâmico Al-Shebab, ligado à al-Qaida, assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Esses ataques, ainda não reivindicados, têm a marca dos insurgentes islâmicos Shebab, afiliados da al-Qaeda, que costumam levar a cabo este tipo de operações na capital somali.
No início de março, pelo menos 20 pessoas morreram num ataque dos Shebab em Mogadíscio, ao fim de um cerco de cerca de 22 horas.
Este grupo islâmico também reivindicou um ataque com um carro armadilhado, que fez quatro vítimas mortais e nove feridos, no dia 07 de março, perto de um restaurante na capital da Somália, junto ao palácio presidencial.