Rapper «Capicua» lança álbum de remisturas - TVI

Rapper «Capicua» lança álbum de remisturas

Capicua

«Disco tem 14 e dois originais, "Medusa", com Valete, e "Egotríptico", com M7 e DJ Ride»

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A rapper portuguesa Capicua edita esta terça-feira «Medusa», um álbum de remisturas de músicas do disco anterior, «Sereia louca», e que inclui duas canções inéditas,uma delas sobre violência contra as mulheres.

«É um disco coletivo, de remisturas feitas por várias tribos, e é para celebrar um ano de vida de "Sereia Louca"».

«O disco tem 14 remisturas e dois originais, "Medusa", com Valete, e "Egotríptico", com M7 e DJ Ride», explicou a artista à agência Lusa.

O álbum abre precisamente com «Medusa», um tema que inclui excertos de poemas ditos por Sophia de Mello Breyner Andresen: «Já queria escrever há muito tempo sobre a violência contra as mulheres, não só violência doméstica, mas sobre "cyberbullying"', sobre abuso sexual, sobre a liberdade sexual e como coletivamente a reprimimos, sobre a culpabilização da vítima».

Para o tema, Capicua recorreu à figura da Medusa, da mitologia grega, «uma história poderosa sobre a culpabilização da vítima, uma mulher que foi castigada e transformada num monstro [cujo cabelo foi transformado em serpentes e cujo olhar petrifica]. E a medusa remete também para o universo aquático da "Sereia louca"».

Segundo a artista, o tema «Medusa» representa também aquilo que esteticamente quer fazer no futuro: «Uma escrita com mais silêncios, entre um rap e a "spoken word"».

O álbum de remisturas agora editado conta com a participação de vários DJ e produtores, que reinventaram alguns dos temas de «Sereia Louca» (e também do álbum anterior), tendo apenas por base a voz de Capicua.

Entre os convidados estão os Octa Push, White Haus (João Vieira), Sam The Kid, DJ Ride, Expeão e DJ Marfox, na reinvenção de temas como «Vayorken»,«Mão Pesada», «Lupa» e «Soldadinho», este com a participação de Tamin, vocalista dos Cais Sodré Funk Connection.

«Medusa», «um disco mais elétrico, mais dançável», sai um ano depois de «Sereia louca", álbum que fez chegar o rap a "públicos muito diferentes, a muitas tribos urbanas e que teve uma expansão geográfica maior", recorda a artista.

O disco de remisturas serve ainda para Capicua - nome artístico de Ana Matos Fernandes - voltar à estrada, com o arranque de uma nova digressão pelo país marcado para 11 de abril na Casa da Música, no Porto, e, no dia 16 desse mês, na discoteca Lux, em Lisboa.
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