“Criaremos um fundo de cerca de dois milhões de euros, que utilizaremos em articulação com instituições como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Comité Português para os Refugiados e outras instituições sociais como a Cruz Vermelha, para que possamos dar as respostas básicas e fundamentais para a crise humanitária.”
O novo comentador da TVI24 estreou o espaço “Cara, Conta e Caso”, que fala da atualidade centrada num rosto, num número e numa situação. E Fernando Medina escolheu a imagem de um adulto e de uma criança a atravessar uma barreira de arame farpado. Para o comentador, a “fotografia relata bem o caso dos refugiados e a crise dos refugiados”. “Sintetiza tudo o que há de essencial nesta crise dos refugiados na Europa. O essencial desta crise é a luta pela vida. A luta pela sobrevivência. É isto que verdadeiramente está em causa”, sublinha.
“Tudo isto é uma vergonha para a Europa. Envergonha-nos enquanto europeus e deve ser rejeitado do debate público.”
Novo Banco e a fatura para os contribuintes
Como caso da semana, Fernando Medina destacou o Novo Banco e considerou que “este caso é uma marca na falta de confiança para com o poder político”.
Fernando Medina recordou declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que garantiam que os contribuintes não iriam pagar a fatura do Novo Banco.
“Hoje é muito claro para todos que tudo isto não passou de uma ilusão. Nós só não sabemos o valor exato, mas já sabemos que tudo isto não passou de uma ilusão. O que sabemos é que a melhor proposta para ficar com o Novo Banco, mesmo que tivesse ganho, ficaria aquém do valor que o estado emprestou ao Novo Banco. Significa que o restante há-de ser pago pelos contribuintes.”
O número do “abandono” dos transportes públicos
Ao comentário na 21ª Hora, Fernando Medina trouxe ainda o número de “100 milhões” que totaliza os passageiros que os transportes públicos de Lisboa e do Porto perderam nos últimos quatro anos.
“Cem milhões de passageiros foi quanto perderam a STCP, o Metro do Porto, a Carris e o Metro de Lisboa. Menos 70 mil passageiros por dia que circularam nos transportes públicos de Lisboa e do Porto.”
O comentador lembrou que parte desses passageiros passaram a circular no próprio carro, mas também houve quem imigrasse ou quem pura e simplesmente ficasse em casa, por impossibilidade de despender dinheiro em mobilidade.
Fernando Medina sublinha que a opção pelos transportes particulares tem impacto na economia, já que implica uma maior importação de carros e uma maior importação de combustíveis, influenciando a balança comercial do país.
Para o comentador, a culpa é dos diversos governos que, ao longo dos anos, não resolveram os problemas dos sistemas de transportes públicos do país.