Global: "António Costa percebeu que tem de mudar o chip" diz Paulo Portas - TVI

Global: "António Costa percebeu que tem de mudar o chip" diz Paulo Portas

    Paulo Portas
  • CE
  • 21 jan 2019, 00:03

Esta semana, Paulo Portas, no seu espaço de comentário no Jornal das 8, "Global", disse que o Reino Unido ficou "ainda mais confuso" depois do chumbo do acordo do Brexit e da moção de confiança a Theresa May. Disse ainda que António Costa "finalmente" percebeu que os dados económicos de Portugal para este ano não são otimistas, e analisou ainda os riscos e os receios de uma era da “ciberinsegurança”

Paulo Portas esta semana, no seu programa semanal “Global”, no Jornal das 8 da TVI, abordou temas como o Brexit, o otimismo de António Costa em relação aos dados económicos de Portugal para este ano, e a vulnerabilidade do mundo perante a “ciberinsegurança”.

"Reino Unido está ainda mais confuso"

Paulo Portas afirmou que com o chumbo do acordo do Brexit demonstrou que o plano da primeira-ministra britânica não correu bem.

O plano que a senhora May tinha negociado com a União Europeia, foi a votos, e não correu bem. Não correu mesmo nada bem".

Com o chumbo deste acordo, e ainda o chumbo da moção de confiança a Theresa May, Paulo Portas disse o Reino Unido "saiu ainda mais confuso desta semana".

No entanto, coloca várias hipóteses de acordos em cima da mesa: o modelo Noruega; o modelo Canadá; ou, Theresa May, convocar eleições alegando que o Parlamento está a impedir o Governo “de seguir o seu plano”.

Apesar de não ser certo, está agendado para dia 29 de Março a saída do Reino Unido da União Europeia. 

"António Costa percebeu que tem de mudar o chip"

Paulo Portas disse que António Costa, apesar do seu otimismo habitual, percebeu que a economia de Portugal em 2019, afinal, não se apresenta tão positiva quanto isso.

O primeiro-ministro, que tem uma personalidade otimista por natureza, percebeu, finalmente, que tinha de mudar um pouco o chip. Porque, em termos económicos, o ano de 2019 não se apresenta otimista”.

Acredita que não se vão cumprir os 2,3% de crescimento económico, mas só no dia 14 de fevereiro é que vão ser conhecidos os números do último trimestre.

Eu estou convencido, gostaria de estar enganado, que não se cumprirão os 2,3% de crescimento a que António Costa se tinha comprometido. E ainda estou mais convencido que, infelizmente, não se cumprirão os 2,2% deste ano”.

O comentador da TVI explicou que houve uma queda do consumo, é provável que se verifique uma descida nas exportações, devido à greve dos estivadores, mas que factor crucial é a fragilidade dos nossos principais parceiros económicos.

O essencial é isto. A Espanha é o nosso principal cliente, e não está bem. França é o segundo, e também não está bem. A Alemanha é o terceiro, e não está bem. O Reino Unido o quarto, e não está bem. E, portanto, quando as coisas não estão bem nos nossos principais clientes, impactam no nosso próprio comércio internacional”.

"A 'ciberinsegurança' fica no planeta inteiro"

Esta semana, cerca 773 milhões de emails e cerca de 21 milhões de passwords foram pirateadas à escala mundial. E estão, disponíveis na internet, mais de 12 mil ficheiros com todo o tipo de informação.

Se pensarmos na população do mundo, não é uma irrelevância”, disse Paulo Portas.

Falou sobre a "ciberinsegurança" e disse que estes dados mostram "a enorme vulnerabilidade que estados, governos, sociedades, empresas, famílias e pessoas têm relativamente a este novo tipo de ameaça".

Alertou para a divulgação de um relatório sobre o risco anual, neste caso, para 2019. Este documento explica “quais são os riscos que os decisores económicos e políticos, do mundo inteiro, mais temem”.

VEJA TAMBÉM: 

O top três dos assuntos mais "temidos" para este ano são: o confronto entre os Estados Unidos e a China; o recuo do comércio; e começam a subir os riscos e os receios em relação aos ciber-ataques. Perante este cenário, Paulo Portas, deixou uma mensagem.

As pessoas têm que se preparar para o facto de que aquilo que lhes facilita a vida, estar em risco, porque não tem sido possível arranjar formas de proteger a privacidade e a confidencialidade” e acrescenta “nós há umas décadas atrás, crescemos num mundo em que, na guerra convencional, sabíamos quem era o inimigo, sabíamos onde é que podia acontecer a guerra, sabíamos o que é que o inimigo queria, nada disso acontece na ‘ciberinsegurança’”.

 

Não se sabe onde é que fica esta ‘ciberinsegurança’ porque fica no mundo inteiro. E, portanto, eu acho que nos temos de preparar a sério para estes fenómenos” finalizou.

Continue a ler esta notícia