"Não há 50 milhões de radicais no Brasil, que é um país tolerante" - TVI

"Não há 50 milhões de radicais no Brasil, que é um país tolerante"

    Paulo Portas
  • 21 out 2018, 22:37

Análise do comentador da TVI Paulo Portas no seu espaço de comentário no Jornal das 8, todos os domingos

No seu espaço de comentário ao domingo no Jornal das 8, "Global", Paulo Portas abordou alguns dos temas mais marcantes desta semana. A uma semana da segunda volta das eleições no Brasil, o tema teve honras de abertura.

Paulo Portas recorreu às duas palavras escritas na bandeira brasileira "Ordem e Progresso" para dizer que esta “é uma eleição sobre a Ordem, o Progresso terá ficado para outro momento". Com as sondagens a darem grande vantagem a Jair Bolsonaro, o comentador considera mesmo que há um sentimento a dominar a sociedade: "É o sentimento anti PT, é o sentimento dominante".

As pessoas, justifica o comentador da TVI estão "fartas da corrupção, da crise económica e da criminalidade que está completamente descontrolada" e acrescenta:

"Bolsonaro é a causa ou a consequência? Eu acho que é a consequência. Não há 50 milhões de radicais no Brasil, que é um país tolerante."

Em seguida o comentador da TVI falou sobre as dívidas de vários países europeus com destaque para a Itália e lembrou que “a Itália tem a segunda maior dívida pública do euro”.

Esta semana foi conhecido o Orçamento do Estado para 2019 e, como não podia deixar de ser, o tema não foi esquecido por Paulo Portas. Apesar de reconhecer que “é bom que haja um défice de 0.2” e que isso coloca o país "fora do radar dos problemas", nem tudo está bem. “O Orçamento tem mérito no grosso, no retalho tem uns pequenos problemas”, justifica.

Por fim, considera que “o Governo promete o Jackpot e depois o que sai é a terminaçãozinha”.

Sobre as eleições no Estados Unidos, que se realizam dentro de três semanas, Paulo Portas considera que todos os cenários são possíveis: seja uma vitória dos Democratas, seja dos Republicanos. E não deixou de referir que “o sistema americano é um sistema construído para limitar o abuso de poder”.

Nas notas finais, Paulo Portas destacou a morte do jornalista Jamal Kashoggi, considerando “aquilo que aconteceu é inimaginável” e que o caso "é um dano de reputação muito sério para o príncipe herdeiro”.

Até porque, o comentador da TVI reforçou uma ideia:

“Não se manda assassinar uma pessoas, ponto. Mas não se manda assassinar uma pessoa dentro de um consulado num país estrangeiro.”

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