Manuela Ferreira Leite: "Estamos em plena crise política porque o Governo está desorientado" - TVI

Manuela Ferreira Leite: "Estamos em plena crise política porque o Governo está desorientado"

  • Beatriz Céu
  • 21 out 2021, 23:09

Manuela Ferreira Leite analisou, esta quinta-feira, no seu habitual espaço de comentário, na TVI24, as negociações em torno do Orçamento do Estado para 2022

Manuela Ferreira Leite considera que o país está "em plena crise política" provocada pela desorientação do Governo, que, nas suas palavras, "a única coisa que quer é aprovar o Orçamento".

"O Governo já não sabe o que há de fazer para se manter no poder, porque, senão, tomava as suas decisões e logo se vê o que se fazia. (...) Em vez de concertarem o que está mal, estragam o que está bem", apontou, referindo-se às medidas hoje aprovadas em Conselho de Ministros para a promoção do trabalho digno.

Para a comentadora, estas medidas são "gravíssimas", uma vez que foram tomadas "contra a vontade do Conselho de Concertação Social", algo que "raramente acontece", apontou. 

Além disso, Manuela Ferreira Leite considera que "uma das grandes medidas" destas alterações à lei laboral, que proíbe que as empresas que trabalham para o setor público tenham funcionários precários, coloca em causa a "competitividade" das empresas portuguesas.

"[Esta medida] é absolutamente impensável, é contra o emprego, contra as empresas, contra a Administração Pública", frisou.

Para Manuela Ferreira Leite, uma eventual crise política provocada por eleições antecipadas não poderia ser "pior do que esta que está a ser agora", até porque, para ser aprovado um orçamento "com estas condições, mais valia que não o fosse".

Eleições no PSD contam com dois candidatos "empenhados no país"

Na semana passada, Paulo Rangel anunciou a sua candidatura à liderança do PSD, que irá disputar com o atual presidente do partido, Rui Rio.

Para Manuela Ferreira Leite, os dois candidatos, apesar de terem "características completamente diferentes um do outro", são duas pessoas "honestas, sérias, empenhadas no país".

OS sociais-democratas vão realizar eleições diretas para escolher o presidente no dia 4 de dezembro, uma data que, na perspetiva da comentadora, deveria ter sido adiada, dada a sua compatibilidade com uma eventual convocação de eleições antecipadas.

"Tinha alguma lógica que tivesse sido adiado, [seria] mais lógico e melhor para o PSD, mas, enfim, o Conselho Nacional assim decidiu", afirmou.

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