Bruxelas reforça otimismo sobre economia portuguesa - TVI

Bruxelas reforça otimismo sobre economia portuguesa

Na previsão intermédia de inverno, divulgada esta quarta-feira, a Comissão Europeia, revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto para 2,2% em 2018 e 1,9% no ano que vem. No conjunto do Euro e da União, o crescimento de 2017 terá sido o maior em 10 anos

Mais otimismo em relação ao crescimento da economia este ano e no próximo. Bruxelas diz que Portugal vai crescer 2,2% em 2018 e 1,9% em 2019, quando em novembro previa, 2,1% e 1,8%, respetivamente. Mas os números são menores que os de 2017.

Valores de crescimento que igualam os dados revistos do Governo, para este ano e o próximo, mas ficam abaixo dos 2,3% apontados pelo Banco de Portugal e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Económico (OCDE).

Mesmo assim, e apesar de rever a previsão anterior,  é claro que o crescimento de 2018 será inferior ao de 2017 (2,7%) segundo os números agora divulgados. A Comissão Europeia (CE) já tinha estimado uma desaceleração da economia portuguesa este ano nas previsões de outono (2,6%), mas agora mostra-se ligeiramente mais otimista.

E justifica com: o contributo das exportações e das importações, que tiveram uma "performance forte, refletindo o sentimento económico em toda a Europa e a capacidade de atualização da maior produtora de carros em Portugal."

Já sobre o abrandamento do crescimento PIB em 2018 (embora melhor que na anterior previsão), Bruxelas fala de um "desenvolvimento salarial moderado e uma pequena subida da taxa de poupança."

"O investimento deve continuar a apoiar o crescimento, ao beneficiar de melhores condições de financiamento e de maiores lucros empresariais", acrescenta, alertando para o facto de o comércio externo poder abrandar, embora "ainda deva crescer mais rápido do que a procura interna, que deve cair depois de um contributo muito forte em 2017".

A criação de emprego em setores que necessitam de muitos trabalhadores, particularmente no turismo, contribuiu para uma "fraca performance da produtividade", embora Bruxelas estime que deve melhorar em 2018 e 2019.

A recuperação reduziu substancialmente o desemprego, nomeadamente o de longa duração para os níveis mais baixos desde 2004", frisa a Comissão.

As novas previsões da CE fazem parte de um boletim, antes de Inverno, agora considerado como previsão intermédia, em que pouco mais vai além do Produto Interno Bruto.

No documento a instituição considera que "as taxas de crescimento da zona euro e da União Europeia (UE) bateram as expetativas, no último ano, à medida que continua a transição da recuperação para a expansão económica." Uma tendência que leva CE a prever que as duas zonas tenham crescido 2,4% em 2017, "o maior crescimento em dez anos."

A revisão de previsões em alta na zona euro e na UE estende-se a 2018 e 2019: dos 2,1% para 2,3% e dos 1,9% para 2%, respetivamente.

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