Em relação ao antigo motorista de José Sócrates, o juiz Carlos Alexandre determinou a liberdade. João Perna estava em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. A partir de agora, fica obrigado a apresentar-se semanalmente na esquadra da GNR. Fica ainda impedido de contactar os restantes arguidos bem como de se ausentar para o estrangeiro.
No caso de José Sócrates, o juiz entendeu que se mantêm inalterados os perigos de fuga e perturbação do inquérito.
Dentro de três meses, o juiz Carlos Alexandre volta a reapreciar as prisões preventivas.
Em comunicado, o advogado do ex-primeiro-ministro, João Araújo, confirmou que recebeu uma notificação sobre a decisão do Juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal esta terça-feira, mas não revelou os termos e conteúdo da mesma por estes estarem «sujeitos a segredo de justiça».
João Araújo esclareceu que primeiro vai recolher «os pontos de vista e as instruções» do antigo primeiro-ministro e só depois tomará uma posição pública.
O advogado aproveitou, no entanto, para dizer que José Sócrates não espera nada do Procurador da República ou do juiz.
«Posso, em todo o caso, antecipar que o Senhor Engenheiro José Sócrates nada espera, seja para o que for, do Senhor Procurador da República ou do Senhor Juiz de Instrução.»