Europeias: Marisa, Catarina e a "reconfiguração" do mapa político, com o BE "reforçado" - TVI

Europeias: Marisa, Catarina e a "reconfiguração" do mapa político, com o BE "reforçado"

  • CM
  • 27 mai 2019, 01:09

Cabeça de lista do Bloco defende que o seu partido "cumpriu todos os objetivos" que traçou

A primeira candidata do BE às europeias, Marisa Matias, afirmou hoje que os bloquistas cumpriram todos os objetivos traçados e que não foi o partido que contribuiu para a abstenção, reiterando que "o mapa político à esquerda está a mudar".

Com esta eleição nós cumprimos todos os objetivos que traçámos porque há uma diferença em colocar números - que é uma falta de respeito por quem vota - e ter objetivos", afirmou.

"E os objetivos era sairmos reforçados e sermos a terceira política. Aqui estão e vamos responder às pessoas", disse Marisa Matias, numa declaração perante uma sala cheia no Teatro Thalia, o quartel-general do BE para esta noite eleitoral.

Questionada pelos jornalistas, Marisa Matias reiterou que o "mapa político à esquerda está a mudar, o BE está a sair reforçado".

Trabalharemos para que saia ainda mais reforçado e é inegável que houve uma derrota da direita nestas eleições", acrescentou.

A cabeça de lista do BE foi perentória ao afirmar que "não foi o BE que contribui para a abstenção", uma vez que fez uma campanha a falar dos temas europeus.

"Bloco de Esquerda cresceu"

A coordenadora do BE qualificou hoje de "extraordinário" o resultado do partido nas europeias, considerando que estas eleições "reconfiguram o mapa político" e que "a disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar".

O Bloco de Esquerda cresceu em percentagem, cresceu em votos e cresceu em todo o território, de norte a sul, do litoral ao interior e é hoje a terceira força política do país. Com mais força, mais capacidade e, por isso mesmo, com mais responsabilidade", destacou Catarina Martins num discurso no “quartel-general” do partido para a noite eleitoral..

Na perspetiva da líder bloquista, a "derrota da direita" é "um sinal claro" de que o país percebe que a "disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar".

E é por isso que estas eleições, como disse e bem [a cabeça de lista do BE] Marisa Matias, reconfiguram o mapa político. O debate está em aberto sobre o emprego, a saúde, as pensões, a habitação, o clima, e é a esquerda que vai definir esse debate", sublinhou.

A direita que "não deu resposta foi penalizada", insistiu Catarina Martins, avisando que "cabe agora a responsabilidade à esquerda de estar à altura da expectativa de mais respostas pelo que conta".

"No Parlamento Europeu, seguramente, e na Assembleia da República também no tempo que ainda temos", apontou.

Assegurando que os bloquistas são "incansáveis", Catarina Martins afirmou que é "bom saber que Portugal vai ter a Marisa Matias e o José Gusmão a defender quem trabalha, quem trabalhou toda uma vida, quem puxa por este país e quer mais justiça, quem constrói a dignidade, a representar-nos no Parlamento Europeu".

Se me pergunta se eu preferia que o Bloco de Esquerda tivesse ganhado as eleições, a minha resposta é seguramente que sim, mas nós aqui temos a humildade de saber que um partido tem de apresentar as suas propostas, tem de ser consistente na sua ação e aceitar os resultados", respondeu aos jornalistas.

Catarina Martins referiu ainda que a forma como o BE se afirma, “sem dúvidas nenhumas, como a terceira força política deste país", é um caminho de que o partido se orgulha, um caminho "de coerência, de consistência, sobretudo, porque responde ao concreto da vida das pessoas".

 

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