Processo da CGD é "uma sucessão de trapalhadas", diz Maria Luís - TVI

Processo da CGD é "uma sucessão de trapalhadas", diz Maria Luís

Na Universidade de Verão do PSD, a vice-presidente do partido foi questionada por um aluno sobre este dossiê. Respondeu que o que se tem feito com o banco público "é um manual do que não se deve fazer ou do como não se deve fazer"

Para Maria Luís Albuquerque, o processo da Caixa Geral de Depósitos é "uma sucessão de trapalhadas" do atual Governo. O único elogio da ex-ministra das Finanças vai para a "retidão" da administração que ainda está em funções.

A também vice-presidente do PSD foi, nessa qualidade, questionada esta manhã por um aluno da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo, sobre o que faria de diferente no processo da CGD. Foi perentória na resposta: "Daquilo que já se sabe, praticamente tudo".

Aquilo que tem sido feito é um manual do que não se deve fazer ou do como não se deve fazer. [O processo é] uma sucessão de trapalhadas que desrespeita a instituição e desrespeita o conselho de administração que ainda está em funções".

A disponibilidade da atual administração para manter a instituição a funcionar apesar das dificuldades e do desrespeito que, defende, tem sido manifestado perante a mesma, foram outro foco da sua resposta. 

"A administração que agora está de saída merece essa palavra de elogio", sublinhou, lamentando que a nova administração vá entrar "desnecessariamente fragilizada", o que é "algo que nunca se deve pretender para uma instituição com a importância e a relevância da CGD".

Maria Luís Albuquerque voltou ainda criticar a ausência de explicações por parte do Governo sobre o acordo de princípio que está a ser negociado desde abril e sobre o qual ainda pouco se conhece. 

"Há muitas coisas que ainda não sabemos e que é fundamental que se venham a saber, nomeadamente quanto é que isto custa aos portugueses e quanto custa de várias formas", atirou. Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, afastou a necessidade de medidas adicionais de austeridade por causa da Caixa, sendo que o ministro das Finanças reconheceu que a recapitalização vai obrigar a um orçamento retificativo.

A vice-presidente do PSD insistiu que deveria ser o executivo socialista a explicar com clareza o plano que está a ser negociado, e não deixar essa tarefa para a administração do banco público. Eis algumas das perguntas para as quais quer resposta:

Quais são os custos de reestruturação? O que é que isso tem de implicação na atividade da Caixa, na implantação no território, aquilo que tem de impacto na sua componente de negócio internacional, o que é que vai acontecer também nessa frente? E, muito importante, para quê? Porque é que está a ser feito isto na CGD, o que é que a CGD vai ser capaz de fazer mais e melhor com as condições que este plano lhe dará"

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