Cavaco Silva é «um vice-primeiro-ministro» - TVI

Cavaco Silva é «um vice-primeiro-ministro»

Marisa Matias - IX Convenção do Bloco de Esquerda [Lusa]

A eurodeputada Marisa Matias criticou o Presidente da República, considerando que este tem um «compromisso» com o atual Governo

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A eurodeputada do BE, Marisa Matias, criticou esta segunda-feira, em Coimbra, Aníbal Cavaco Silva por este se comportar como um vice-primeiro ministro e não como um Presidente da República.

«Há três anos que o que temos é um vice-primeiro ministro e não um Presidente da República», afirmou Marisa Matias, durante o jantar de Natal do Bloco de Esquerda (BE) em Coimbra.

Cavaco Silva «veio hoje falar para dizer a todos os portugueses qual é o seu compromisso. O seu compromisso é para com este Governo», apontou Marisa Matias, considerando que o Presidente da República veio «dizer o que já se sabia».

O Presidente da República garantiu hoje ao executivo, na apresentação de cumprimentos de boas festas pelo Governo ao Presidente, no Palácio de Belém, a continuação da «cooperação institucional leal e aberta» em 2015, ano que «não vai ser fácil» e em que os portugueses «têm a expectativa» de que «seja melhor».

Marisa Matias, numa retrospetiva daquilo que foi 2014, sublinhou que, com «o ano em que a 'troika' iria abandonar o país» e em que Portugal ia recuperar a sua soberania, «a única coisa» conhecida é que se deixou «de pagar a viagem dos três senhores [da troika]».

Segundo a eurodeputada do BE, há uma continuação de «uma política de austeridade total».

Para além disso, sublinhou também que o ano termina «com a vergonha do arquivamento do processo dos submarinos», em que há «corrupção provada noutros países» e que, em Portugal, «aqueles que receberam milhões viram o seu nome arquivado».

Apontando também para a Europa e para 2015, Marisa Matias salientou as eleições que vão decorrer em Espanha e na Grécia, referindo que «a solidariedade entre os povos de sul» é «mais forte do que qualquer chantagem» das instituições europeias.

«O ano de 2015 tem tudo para trazer a esperança e a capacidade de se sentir que algo pode mudar», concluiu.
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