Défice de 2015 "não foi inferior a 3% por muito pouco" - TVI

Défice de 2015 "não foi inferior a 3% por muito pouco"

Passos Coelho abriu 36º Congresso do PSD, em Espinho, com críticas ao Governo do PS, a quem lembrou que "um bocadinho mais de zelo" teria "com certeza garantido um défice abaixo de 3%"

O presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou esta sexta-feira que com "um bocadinho mais de zelo" da parte do Governo do PS, o défice do Estado em 2015 teria sido inferior a 3%.

Na abertura do 36.º Congresso do PSD, que decorre na Nave Desportiva de Espinho, Passos Coelho referiu que o anterior executivo PSD/CDS-PP foi responsável pela gestão das contas públicas em "onze dos doze meses do ano" e disse que o défice de 2015 "só não foi aritmeticamente inferior a 3% por muito pouco".

"O que significa que um bocadinho mais de zelo, depois de um Conselho de Ministros em dezembro tão apoteoticamente apostado em evitar um défice superior a 3%, nos teria com certeza garantido um défice abaixo de 3%", acrescentou, recebendo palmas.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), sem a contabilização do impacto da medida de resolução do Banif, o défice orçamental de 2015 foi de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Com muito afeto, um abraço muito forte" a Marcelo

O presidente dos sociais-democratas enviou, a partir do Congresso do PSD em Espinho, "com muito afeto, um abraço muito forte" ao novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Ao suspenso militante do PSD Marcelo Rebelo de Sousa, desejamos-lhe, deste Congresso também, com muito afeto, um abraço muito forte, com os votos de que possa ter um mandato com muita esperança para os portugueses e recheado dos maiores sucessos"

Antes, o ex-primeiro-ministro falou durante cerca de cinco minutos sobre o "novo ciclo presidencial", referindo-se três vezes ao novo chefe de Estado apenas como "Rebelo de Sousa", e defendeu que o Presidente da República "deve garantir um exercício absolutamente à margem dos partidos" e "não se pode confundir com o legítimo jogo partidário".

Passos Coelho considerou também que "cabe ao Presidente da República intervir com pensamento e ação, arriscando ter posição e marcar a diferença" e que, na sua relação com outros órgãos de soberania como Governo e Assembleia da República, "deve estar presente o interesse estratégico nacional, mais do que a espuma dos dias".

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