O primeiro-ministro garante que nem os professores nem nenhum funcionário público vão ter reposição salarial em 2018 de acordo com o tempo de serviço que esteve congelado.
"É uma conversa muito difícil, com impacto financeiro e noutras carreiras. Requer tempo e discussão que não são compatíveis com este Orçamento do Estado para 2018, nem há condições financeiras, em 2018, para lhe dar resposta."
Mais à frente, António Costa admitiu, no entanto, que essa reposição pode começar ainda nesta legislatura, conforme reivindicou ontem a Fenprof. Ainda assim, destacou, essa ainda é uma hipótese "em abstrato", porque Governo e sindicatos devem continuar as negociações.
O primeiro-ministro disse perceber "o sentimento de frustração" dos professores e restantes carreiras que viram o tempo de serviço congelado nos últimos anos, mas apelou a que os funcionários públicos percebam até onde o Governo pode ir.
Costa garantiu ainda que o descongelamento que se vai verificar em 2018 "não vai ser seguido daqui a uns anos por um novo congelamento".
"O que está em debate neste Orçamento do Estado é o cumprimento do compromisso que assumimos de pôr fim ao congelamento de todas as carreiras, pegando no cronómetro que está parado e pondo-o a funcionar."
O primeiro-ministro sublinhou mesmo que os professores são os que vão beneficiar mais dessa progressão, em quantidade.
Esta manhã, no Parlamento, o ministro das Finanças já tinha afirmado que nenhuma das carreiras da Função Pública terá retroativos em relação ao tempo de serviço passado.