Num artigo de opinião que vai ser publicado esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias (JN) e ao qual a TVI já teve acesso, o antigo presidente da Câmara do Porto explica que ponderou antecipar o anúncio de uma decisão para julho ou setembro e explica que, se o tivesse feito, seria apenas por razões táticas, que é como quem diz para marcar terreno em relação a outros candidatos.
"Os pressupostos de uma minha candidatura não acomodam condicionantes exclusivamente táticas. Acomodam, como disse, um projeto para o país e a identificação de uma inequívoca vontade de uma parte substancial da sociedade; e nada disso me parece presente numa decisão que a ser tomada agora, obedeceria apenas a ditames de natureza tática."
Rui Rio entende que, só depois das Legislativas, é que os portugueses se vão concentrar nas Presidenciais e só nessa altura terá condições para avaliar se tem condições para avançar.
O antigo presidente da Câmara do Porto deixa também um recado a Marcelo Rebelo de Sousa. Escreve que outros candidatos não ponderaram antecipar a candidatura, "porque quanto mais tarde, durante mais tempo conseguem usufruir de palcos mediáticos de que os outros não dispõem."
Há recados também para quem traz agora as presidenciais para o debate mediático. Rui Rio diz que são pessoas que procuram vantagens para os seus objetivos políticos e conclui dizendo que a decisão que tomar sobre a candidatura presidencial terá como vetores fundamentais a utilidade para o país e o desejo de uma parte significativa da sociedade.
Este artigo de Rui Rio surge menos de uma semana depois de Pedro Santana Lopes ter anunciado que não será candidato e numa altura em que é dado como quase certo o avanço de Marcelo Rebelo de Sousa, depois das Legislativas, em outubro ou novembro.