A TAP está a ser investigada em Espanha por ter pedido prioridade na aterragem em Santiago de Compostela por emergência de combustível, num voo Funchal-Porto, mas a companhia garante que nunca esteve em causa a segurança da operação.
De acordo com a Comisión de Investigación de Accidentes e Incidentes de Aviación Civil (Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil), "uma vez em contacto com aproximação a Santiago [de Compostela] a tripulação declarou 'mayday' por emergência de combustível, uma vez que a estimativa de gestão de combustível indicava que iam aterrar com uma quantidade abaixo dos 989 quilogramas estabelecidos no plano de voo operacional como reserva final".
Fonte oficial da TAP garantiu à Lusa que, naquele voo em 10 de outubro, "foram cumpridos todos os protocolos" e que "em momento nenhum esteve em causa a segurança da operação".
O avião da companhia aérea Lamia que se despenhou em Cerro El Gordo (Monte O Gordo), na Colômbia, estava a voar no limite do combustível, já que não tinha feito a escala prevista para reabastecimento. O aparelho tinha saído de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, com destino ao aeroporto internacional José María Cordova, em Ríonegro, que serve a cidade colombiana de Medellín.
Tinha 77 pessoas a bordo, incluindo jogadores e equipa técnica do clube brasileiro Chapecoense, que iria disputar a final da Taça Sul-Americana frente ao Atlético Nacional, em Medellín, e 22 jornalistas. Morreram 71 pessoas.
"A TAP fez tudo bem feito"
Em comentário ao caso ocorrido com um avião português, a Associação de Pilotos Portugueses de Linha Aérea afirmou que "a TAP fez tudo bem feito" nesse voo Funchal-Porto, ao pedir prioridade na aterragem por emergência de combustível.
Para os pilotos, haverá antes falha dos serviços de controlo do tráfego aéreo.
Neste caso da TAP, foi tudo bem feito. A única coisa que falha é nos serviços de controlo do tráfego aéreo", afirmou o presidente da associação, Miguel Silveira, à Agência Lusa, alertando que "esta falha acontece por sistema".