Cibercrime: 14 arguidos na "Operação Caretos2" - TVI

Cibercrime: 14 arguidos na "Operação Caretos2"

PJ fez 16 buscas relacionadas com crimes informáticos. Operação contra o cibercrime realizou-se em vários locais do país, sobretudo, na Grande Lisboa

Quatorze pessoas foram constituídas arguidas, esta quarta-feira, suspeitas da prática de crimes informáticos, após 16 buscas conduzidas pelo Ministério Público e a Polícia Judiciária.

Na sequência das buscas realizadas no âmbito de um inquérito onde se investigam diversos ataques informáticos, incluindo os ocorridos a 25 de abril de 2016, foram constituídos 14 arguidos”, refere a PGR em comunicado.

Na mesma nota a PGR refere que “não tendo sido efetuada qualquer detenção, os arguidos foram ouvidos pela Polícia Judiciária, tendo ficado sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência”.

Nesta investigação, que se encontra em segredo de justiça, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária (PJ).

Fonte da Polícia Judiciária disse à Lusa que os 14 arguidos, com idades entre os 15 e os 30 anos, “reivindicam pertencerem a grupos ativistas” e, a partir daí, atuam sob esse pretexto.

A mesma fonte acrescentou que os arguidos atuavam a partir de Lisboa, Porto e Braga, essencialmente.

As buscas por suspeitas de cibercrime decorreram ao longo da manhã desta quarta-feira, como informou a Procuradoria-Geral da República. 

Estão em curso 16 buscas domiciliárias, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público e onde se investigam diversos ataques informáticos – incluindo os mais recentes, ocorridos a 25 de Abril de 2016".


Em causa estão crimes de acesso ilegítimo, de dano informático, de sabotagem informática e ainda de associação criminosa", referiu a PGR no mesmo comunicado. 

A Polícia Judiciária concretizou a informação avançada pela PGR, adiantando que, para além das buscas, as autoridades estão a proceder à "identificação e localização de suspeitos, os quais se encontrarão envolvidos na prática de crimes de sabotagem informática (“DDoS”), de dano informático (“defacing”), de acesso ilegítimo (“hacking”) e de acesso indevido (“exfiltração de dados”), cometidos contra diversos sistemas informáticos do Estado Português e de empresas relevantes do sector privado". 

De acordo com uma fonte da PJ à Lusa, as buscas tiveram início às 07:30. 

O inquérito aberto em 2014 já tem 31 arguidos constituídos, refere a PGR.

Oito detidos por pirataria em 2015

Em fevereiro de 2015, a PJ deteve oito pessoas, entre os 17 e os 40 anos, por pirataria informática.

Os detidos eram suspeitos da prática dos crimes de sabotagem informática, dano informático, acesso ilegítimo e acesso indevido a diversos sistemas informáticos do Estado e também de empresas do setor privado.

As detenções ocorreram após a Diretoria de Lisboa da PJ, em articulação com o Gabinete do Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), desenvolver em vários pontos do território nacional uma vasta operação de combate à criminalidade informática e tecnológica, designadamente à atividade ilícita conhecida como “hacktivismo”.

Fonte policial revelou, na altura, à Lusa que uma das buscas incidiu sobre o Tugaleaks, que se apresenta como um órgão de comunicação social inspirado no Wikileaks.

Os detidos residiam nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e pertenciam ao Anonymous Portugal e a outros grupos associados

Segundo a PJ, a investigação iniciou-se em abril de 2014.

Continue a ler esta notícia