Segundo fugitivo chileno de Caxias capturado em Barcelona - TVI

Segundo fugitivo chileno de Caxias capturado em Barcelona

  • atualizada às 23:00
  • 22 fev 2017, 20:47

Roberto Ulloa,  que fugiu de Caxias no domingo, foi apanhado em flagrante num assalto na cidade espanhola. O Ministério da Justiça contestou um alegado atraso no alerta 

O segundo fugitivo chileno da prisão de Caxias foi capturado em Barcelona, esta quarta-feira, confirmou a TVI.

Roberto Ulloa, que fugiu do Estabelecimento Prisional de Caxias no passado domingo, foi apanhado em flagrante num assalto na cidade espanhola. 

O chileno já tinha sido detido pelas autoridades, mas foi libertado pelo atraso da missão do mandado de captura internacional e pelo facto do centro de detenção do aeroporto de Madrid estar sobrelotado.

Já o primeiro evadido, José Naranjo, foi capturado em Madrid. Foi já ouvido por um juiz espanhol e deverá voltar a Portugal nos próximos dias. 

Já o terceiro recluso evadido, de nacionalidade portuguesa, Joaquim Matos, ainda se encontra a monte.

Na terça-feira, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, indicou que estão em curso averiguações sobre a fuga dos três reclusos.

Os três reclusos, dois chilenos e um português, fugiram na madrugada de domingo do EP de Caxias, concelho de Oeiras, através da janela da cela que ocupavam.

Em comunicado divulgado no domingo, a Direção Geral dos Serviços Prisionais indicou que os dois cidadãos chilenos, com 29 e 30 anos, e um português com 30 anos, se encontravam presos a aguardar julgamento por crimes de furto e roubo em processos criminais distintos.

A direção-geral dos Serviços Prisionais “instaurou de imediato um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção da Direção Geral”.

A fuga dos três detidos foi comunicada às diversas forças policiais – GNR, PSP e PJ – para a recaptura dos evadidos.

 

Ministério da Justiça contesta alegado atraso no alerta 

O Ministério da Justiça negou que tenha existido um atraso na comunicação da fuga dos reclusos, esclarecendo que o alerta foi dado imediatamente quando o guarda durante a ronda se apercebeu.

"Foi imediatamente dado o alerta", quer para dentro da prisão, quer para as forças de segurança no exterior", garantiu o Ministério da Justiça em resposta à agência Lusa sobre questões relacionadas com uma alegada reação tardia dos serviços prisionais.

A tutela assegura que "não é apenas falso, como seria impensável que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais só tivesse comunicado a fuga de três detidos cinco horas depois da ocorrência e por e-mail".

Segundo o ministério, assim que o elemento do corpo da guarda prisional, durante a ronda, se apercebeu de sinais de uma situação de evasão, foi imediatamente dado o alerta, quer para dentro do estabelecimento de Caxias, ou seja, para todos os membros do corpo da guarda prisional de serviço, quer, sobretudo, para as forças de segurança no exterior.

É ainda dito que, dado o alerta, ocorreram à prisão de Caxias vários profissionais que se encontravam de folga, para reforçar as buscas.

"Evidentemente, no início da manhã de dia 19 (domingo) foram remetidas informações, por escrito, via e-mail, para diversas autoridades. Todavia, essas informações, necessárias para o cumprimento daquilo que são as formalidades estabelecidas, não devem ser confundidas com a difusão do primeiro alerta, que foi assegurado assim que a ocorrência foi detetada", salienta o ministério.

 

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