Acidente com C-130 foi provocado por erro da tripulação - TVI

Acidente com C-130 foi provocado por erro da tripulação

Força Aérea garante que a aeronave "encontrava-se pronta para operação, sem restrições, e não se verificavam factores meteorológicos passíveis de causar, por si só, o acidente"

O acidente com o Hércules C-130 da Força Aérea, na Base Aérea N6 do Montijo, em julho, foi provocado por um erro da tripulação que "perdeu o controlo da aeronave", pode ler-se no relatório da da Comissão Central de Investigação da Força Aérea.

O acidente ocorreu devido à impossibilidade da tripulação em controlar eficazmente a aeronave no decurso de uma manobra que visava treinar a interrupção da respetiva corrida de descolagem – manobra designada de “aborto à descolagem”".

No comunicado divulgado pela Força Aérea pode ler-se que a aeronave "encontrava-se pronta para operação, sem restrições, e não se verificavam factores meteorológicos passíveis de causar, por si só, o acidente" que fez três mortos, um ferido grave e três feridos ligeiros.

O mesmo relatório garante que o C-130 "não apresentava quaisquer problemas ou anomalias que inviabilizassem a tipologia da missão a efetuar, designadamente um voo de instrução e qualificação" e que "a missão foi devidamente planeada".

No entanto, "durante a execução de uma manobra de aborto à descolagem, a tripulação perdeu o controlo da aeronave, a qual descreveu uma trajetória para a direita sem hipótese de correção, saindo da pista e imobilizando-se".

Esta saída de pista não causou "quaisquer lesões ou ferimentos em nenhum elemento da tripulação" mas, "em consequência da imobilização abrupta, deflagrou um incêndio" e "quatro dos tripulantes conseguiram abandonar a aeronave através das janelas do cockpit, sendo que os restantes não conseguiram recorrer a outra saída de emergência".

O acidente sofrido pelo C-130 foi o primeiro com vítimas mortais na história desta classe de aeronaves ao serviço da Força Aérea Portuguesa.

Seguindo os procedimentos legais, por ter ocorrido dentro do perímetro das instalações militares e dado terem-se registado três vítimas mortais, a Polícia Judiciária Militar foi notificada.

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