Operação Fénix: Pinto da Costa vai a julgamento - TVI

Operação Fénix: Pinto da Costa vai a julgamento

Pinto da Costa (Lusa/José Coelho)

Presidente dos dragões é acusado de sete crimes de exercício ilícito de segurança privada. Antero Henrique, o vice-presidente dos azuis e brancos também vai ser julgado

O presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, vai a julgamento no âmbito da Operação Fénix, apurou a TVI. Antero Henrique, o vice-presidente dos azuis e brancos também vai ser julgado no mesmo processo.

Pinto da Costa é acusado de sete crimes de exercício ilícito de segurança privada. A acusação do Ministério Público, a que a TVI teve acesso, indica que era Antero Henrique quem fazia a ponte entre o presidente e Eduardo Silva, o proprietário da empresa SPDE - Segurança e Vigilância em Eventos, Lda.

No âmbito da Operação Fénix, o Ministério Público acusou 57 arguidos de associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física grave, agravadas pelo resultado, tráfico, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.

A TVI apurou que apenas quatro destes arguidos não vão a julgamento.

A acusação sustenta que Eduardo Silva, o proprietário da SPDE, era o líder do grupo que se dedicava à prática de atividades ilícitas, relacionadas com o exercício de segurança privada.

O arguido está indiciado de, a coberto da atuação legal da sociedade SPDE, ter montado uma estrutura que, com recurso à força e à intimidação, lhe permitiu dominar a prestação de serviços de segurança em estabelecimentos de diversão noturna em vários pontos do país.

Para a acusação, ficou indiciado que este grupo se dedicava às chamadas “cobranças difíceis”, exigindo, através da violência física e/ou de ameaças, o pagamento de alegadas dívidas.

Alguns arguidos foram acusados por terem recrutado tais serviços de 'cobranças', sendo, por isso, coautores de crimes de extorsão ou coação”.

A investigação concluiu ainda que a SPDE organizava também serviços de acompanhamento e proteção pessoal, para os quais não dispunha de alvará, pelo que alguns arguidos foram acusados de terem requisitado esses serviços sabendo que era proibido fazê-lo.

Nesta situação encontram-se os arguidos Antero José Gomes da Ressureição Henrique, o 'vice' do Futebol Clube Porto, e o presidente do clube, Jorge Nuno Lima Pinto da Costa, que foram acusados da prática de exercício ilícito da atividade de segurança privada.

A investigação envolveu mais de cinco dezenas de buscas sobretudo em Lisboa, Porto, região do Vale do Sousa, Braga e Vila Real, tendo sido apreendidas viaturas, dinheiro, armas e documentação.

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