Refugiados: saiba como cada um de nós pode ajudar - TVI

Refugiados: saiba como cada um de nós pode ajudar

Na sequência do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, recordamos que são muitas as instituições que o ajudam a canalizar o seu contributo. Pode dar dinheiro ou bens essenciais. Pode ir para o terreno. Pode comprar produtos, mas também pode vendê-los. Há quem precise de si. Veja a lista e decida

São milhares os refugiados e migrantes que fogem de guerras e da pobreza, tentando a sua sorte na Europa. A título de exemplo, nos últimos três meses, quase dois mil migrantes tentaram atravessar ilegalmente a fronteira da Itália nos Alpes para chegar a França. Muitos morreram devido às baixas temperaturas e à neve. Em 2015, no pico da crise humanitária provocada pela guerra na Síria, Aylan, o menino que morreu afogado e cujo corpo deu à costa numa praia turca tornou-se símbolo do desespero e da luta dos milhares de refugiados que todos os dias chegavam à Europa para fugir da guerra civil. A imagem correu mundo, despertando consciências para o problema e para a necessidade de ajudar estas pessoas. 

“O pico da crise humanitária de refugiados ficou para trás: os inéditos fluxos elevados de entrada da segunda metade de 2015 e início de 2016 recuaram ao longo do ano passado”, escreve o diretor de Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, Stefano Scarpetta, no editorial do “International Migration Outlook 2017”, o relatório da OCDE sobre Migrações.

Ainda assim, em todo o mundo, a deslocação forçada causada pela guerra, pela violência e pela perseguição atinge níveis sem precedentes. De acordo com as últimas estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número de migrantes forçados em todo o mundo ultrapassa os 65 milhões e não para de aumentar. Portugal, enquanto país de acolhimento, é reflexo disso mesmo. De acordo com dados provisórios disponibilizados à TVI24 pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em 2017, foram apresentados 1004 pedidos espontâneos de proteção internacional. Trata-se de um acréscimo de 42,81% em comparação com o ano anterior. Isto sem contar com as pessoas que chegaram a Portugal no âmbito dos programas de recolocação e reinstalação da União Europeia.

Na sequência do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que se assinalou no domingo, importa sublinhar que muitas das pessoas obrigadas a fugir das próprias casas para salvar a vida nem conseguem sair dos seus países e, muitas das que conseguem, morrem pelo caminho. As que sobrevivem estão em condições sub-humanas e precisam de ajuda. Precisam de ajuda na Europa, precisam de ajuda ao longo do caminho e precisam de ajuda nos países de origem.

Se a crise humana dos migrantes e dos refugiados o impressiona, saiba que há várias formas de dar um contributo para lhes reduzir o sofrimento, estejam eles nos países de acolhimento, em campos de refugiados em países terceiros ou nos próprios países. Ajuda monetária, bens essenciais e, também, voluntários para colaborarem no terreno. Tudo e todos são imprescindíveis.

São muitas as instituições a que se pode dirigir e que o ajudarão a canalizar o seu contributo seja em Portugal ou no estrangeiro. Aqui ficam alguns exemplos do que pode fazer para ajudar. Pode ser pouco ou pode ser muito. Na maior parte dos casos pode significar apenas clicar no sítio certo. A escolha é sua.

Ajudar os que cá chegam

Serviço Jesuíta aos Refugiados (SJR)

Esta organização internacional da Igreja Católica salienta que o contributo da sociedade civil tem um forte impacto na vida dos migrantes que acolhe e orienta porque para ajuda a concretizar projetos que vão do apoio social ao apoio psicológico, médico e medicamentoso, passando pelo apoio jurídico e pelo encaminhamento e apoio à integração profissional, entre outros.

Se decidir ajudar dando dinheiro, o SJR possibilita três formas de fazer donativos:

  • Transferência bancária para o IBAN PT500036.0071.99100093831.32 
  • Cheque / Vale Postal dirigido a JRS-Portugal  Serviço Jesuíta aos Refugiados, enviado para a seguinte morada: Rua Rogério de Moura, Lote 59, Alto do Lumiar, 1750-342 Lisboa
  • IRS - através da doação sem quaisquer custos de 0,5% do imposto, preenchendo os campos existentes para o efeito na respetiva declaração com o NIF 504776150.

Claro que pode ir mais longe, oferecendo emprego aos refugiados. Se tem necessidade de contratar trabalhadores nas áreas dos serviços domésticos, cuidados a idosos, acompanhamento a crianças, restauração e hotelaria, entre outros, basta preencher um formulário disponível online.

O voluntariado é sempre bem-vindo. Se quiser colaborar com o SJR contacte diretamente para o email joaquim.fraga@jrsportugal.pt ou preencha o formulário de candidatura disponível no site oficial.

Conselho Português para os Refugiados (CPR)

Esta Organização Não Governamental (ONG) portuguesa, que se dedica exclusivamente desde 1991 à causa dos refugiados, procura minimizar as consequências das deslocações forçadas, em particular das pessoas acolhidas em Portugal. Apoia diariamente mais de 300 requerentes e beneficiários de proteção internacional e aceita doações.

A instituição tem dois centros de acolhimento: um na Bobadela, em Loures, para adultos e famílias, e outro, exclusivo para menores não acompanhados, no Parque da Bela Vista, em Lisboa. Nestas duas casas, são sempre necessários alimentos não perecíveis. Nesta altura do ano, e por causa do frio, a instituição necessita especificamente de cobertores, mas a doação de outra roupa de cama, como lençóis, também é bem-vinda, explicou à TVI24 uma responsável do CPR.

As doações devem ser feitas diretamente no Centro de Acolhimento para Refugiados: Rua Senhora da Conceição, Bairro dos Telefones, Bobadela.

O CPR, que dispõe ainda do Espaço A Criança (creche e jardim de infância em Lisboa) e de um programa de parceria com as autarquias (com refugiados sírios e iraquianos espalhados em casas pelo país), também está sempre disponível para aceitar voluntários. Todas as propostas devem ser enviadas para o email: geral@cpr.pt

Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR)

A plataforma de organizações da sociedade civil portuguesa para apoio aos refugiados valoriza muito o contributo cívico e aceita várias formas de ajuda.

- O projeto PAR - Acolhimento de famílias recebe propostas de instituições anfitriãs (como escolas, empresas, autarquias, IPSS, associações, etc.) que estejam disponíveis para dar um teto a famílias de refugiados em Portugal. Se representa uma instituição que pretende acolher uma família de refugiados, preencha o respetivo formulário disponível no site.

- Voluntariado e apoio de empresas também são bem-vindos. Como fazer? 

Para se oferecer como voluntário, é só preencher o formulário para inscrição online.

Se representa uma empresa e está interessado em fazer uma oferta específica de bens e/ou serviços ou integração de pessoas refugiadas no mercado laboral, envie um email para: par@ipav.pt.

- Outra forma de ajudar é participar da missão PAR - Linha da Frente@Grécia, que desenvolve a sua ação em Atenas e na ilha de Lesbos. A informação disponível no site oficial não está atualizada, mas Tânia Neves, coordenadora do programa PAR Linha da Frente, adiantou à TVI24 que a missão, que teve início em março de 2016, é revista/renovada trimestralmente e que, para já, terá continuidade até 31 março de 2018. A mesma responsável explicou que, para já, as equipas de voluntários estão fechadas até ao final de março e que não foram abertas novas candidaturas porque a plataforma recorreu às muitas manifestações de interesse que já constavam da base de dados.

Não podendo candidatar-se como voluntário (pelo menos nos próximos três meses), pode ainda assim ajudar através de um contributo financeiro. Os donativos são sempre bem-vindos já que a missão tem despesas fixas mensais.

- PAR – Linha da Frente. A Plataforma de Apoio aos Refugiados tem uma campanha de recolha de fundos de apoio aos refugiados e deslocados internos nos países de origem. No presente, a recolha de fundos só decorre para a Grécia. A forma de fazer donativos é através de transferência bancária para a conta PAR Grécia, de que é beneficiário o Instituto Padre António Vieira, no Porto, a instituição que coordena a PAR. IBAN: PT50.0036.0000.99105909865.94 ou BIC/SWIFT: MPIOPTPL.

Cruz Vermelha Portuguesa

A vertente nacional do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho criou em 2015 uma conta bancária para a causa dos refugiados que ainda se encontra aberta para donativos:

 NIB: 0010 0000 31845470001 74

 IBAN: PT50 0010 0000 3184 5470 0017 4

SWIFT/BIC: BBPIPTPL

Joana Rodrigues, coordenadora nacional do programa da Cruz Vermelha Portuguesa de acolhimento aos refugiados, explicou à TVI24 que as verbas se destinam a colmatar despesas com os processos de integração e de acolhimento aos refugiados em território nacional. Em concreto, um programa de recolocação relacionado com os fluxos migratórios de 2015 para a Europa e com a necessidade de escoar para os Estados-Membros da União Europeia os refugiados aglomerados em campos na Grécia e na Itália. E ainda, um programa de reinstalação destinado a outro tipo de refugiados, que estão em campos na Etiópia e na Jordânia, no Líbano e na Turquia, e que os Estados-membros da União Europeia também se voluntariam para acolher.

Cáritas Portuguesa 

A instituição oficial da Conferência Episcopal Portuguesa é uma das entidades que presta serviços de acolhimento e integração a refugiados no país, através do programa da Plataforma de Apoio aos Refugiados PAR – Acolhimento de famílias. Cáritas Interparoquial de Castelo Branco, Cáritas Diocesana de Coimbra, Cáritas Diocesana de Viseu e Cáritas Paroquial da Caranguejeira acolheram dez famílias, que correspondem a 53 pessoas (22 adultos e 31 menores).

Em declarações à TVI24, uma responsável da Cáritas Portuguesa explicou que a instituição não tem neste momento a decorrer uma campanha nacional específica para os refugiados, mas reforçou o convite a que os cidadãos acompanhem a campanha global de consciencialização pública Partilhar a Viagem (Share the Journey, na designação original em inglês), lançada pela confederação internacional da Cáritas a 27 de setembro de 2017, com o apoio do Papa Francisco, com a duração de dois anos. Tem como objetivo aproximar os migrantes e refugiados das comunidades, criando mais espaços e oportunidades, para que partilhem as suas histórias e experiências, de modo a que o maior número de pessoas perceba o que pode fazer e como pode conhecer melhor a realidade dos que, a certa altura da vida, tiveram que deixar o próprio país.

Cáritas Internacional convida todas as pessoas a fotografarem-se para a campanha Share the Journey, de braços abertos, num gesto simbólico para mostrar apoio aos migrantes e refugiados. A organização pede que partilhem as fotos e as publiquem nas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram) com a hashtag #sharejourney.

A título de exemplo, no Facebook da Cáritas Portuguesa pode ver fotografias partilhadas por quem já aderiu à campanha e acedeu a fotografar-se de braços abertos.

Amnistia Internacional Portugal 

A Amnistia Internacional acredita que resolver a crise de refugiados passa por exigir aos líderes europeus que coloquem as pessoas acima das fronteiras, criando novas rotas legais e seguras para entrada na Europa. A organização também quer garantir que todos os refugiados a quem foi prometido asilo e os requentes a quem foi prometida entrada, sejam acolhidos pelo nosso país com dignidade, respeitando o que se encontra estipulado por lei.

Para ajudar o trabalho da Amnistia Internacional Portugal pode assinar o manifesto da campanha global Eu Acolho e também a petição contra os retornos forçados de refugiados afegãos pela Noruega.

Pode também ser voluntário/ativista, preenchendo online uma ficha de inscrição e participando em eventos de defesa dos direitos humanos.

Pode ainda dar contributos financeiros, tornando-se membro da organização ou fazendo um donativo pontual.

Ajudar os que estão lá fora

Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)

Este organismo internacional humanitário e estritamente apolítico tem por missão proteger e ajudar os refugiados em todo o mundo. Fornece abrigo, água potável, saneamento e assistência médica vital a milhares de refugiados e disponibiliza na sua página uma aplicação para donativos monetários. Estão fixados valores para ajudar mensalmente. No entanto, se desejar contribuir uma única vez com uma quantia maior ou menor também o pode fazer. 

Além dos donativos genéricos, a ACNUR tem ainda páginas específicas para a ajuda a refugiados sírios, da RD do Congo, do Iraque, Rohingya, NigériaSudão do SulIémen e Europa. Em todas elas pode fazer um donativo único ou ajudar mensalmente.

Pode ainda assinar a petição da campanha de solidariedade #WithRefugees, que visa pedir aos governos que tomem medidas para assegurar o bem-estar dos “que se viram obrigados a fugir” de conflitos e perseguições.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados também aceita voluntários. Pode apresentar a sua candidatura aqui.

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)

A crise de refugiados e migrantes é também uma crise para as crianças. A UNICEF trabalha em 158 países e dedica-se à promoção dos direitos das crianças e dos jovens, procurando dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento. Trabalha em áreas vitais como saúde, nutrição, água e saneamento, educação e apoio psicológico. É a única organização da ONU que não recebe qualquer financiamento das Nações Unidas. Por isso, depende inteiramente de contribuições voluntárias

A doação pode ser feita online, na página do Comité Português para a UNICEF.

A UNICEF explica o que cada euro pode fazer pelas crianças: “Com 7€, a UNICEF pode fornecer 19 saquetas de PlumpyNut, um alimento terapêutico especial para crianças gravemente mal nutridas; Com 24€, a UNICEF pode fornecer 9 redes mosquiteiras impregnadas de inseticida de longa duração para proteger as famílias da malária; Com 60€, é possível fornecer 94 pacotes de biscoitos de alto teor proteico (de 400 gr) para crianças mal nutridas em situações de emergência; Com 180€, a UNICEF fornece um kit escola para 40 alunos e um professor."

Os donativos podem ser genéricos ou então para emergências específicas como:

Outras formas de ajudar:

  • MULTIBANCO: Transferências > Ser Solidário > UNICEF
  • Transferência ou depósito bancário para conta do Millennium BCP:
    NIB: 0033 0000 0000 3196 2082 8
    IBAN: PT50 0033 0000 0000 3196 2082 8
  • Donativo por correio ou cheque dirigido a: Comité Português para a UNICEF,  Av. António Augusto Aguiar, 21-3E, 1069-115 Lisboa 

Save The Children 

Os rostos das crianças refugiadas não deixam ninguém indiferente e sabe-se que muitas delas viajam sozinhas, sem os pais. A ONG Save The Children, com sede no Reino Unido, existe para defender os direitos das crianças e contribuir para que desenvolvam o seu potencial em toda a plenitude, ajudando-as a ter acesso a alimentos, saúde e educação.

A Save The Children pede donativos. Se desejar, pode contribuir na página inglesa da organização.

A página norte-americana da mesma organização tem um fundo de emergência específico para as crianças refugiadas sírias.

Cruz Vermelha Internacional

Esta tradicional entidade humanitária ajuda pessoas encurraladas pela violência em zonas de conflito como a Síria, Líbia e Somália. 

No site da organização pode fazer donativos específicos para a crise na Síria ou donativos genéricos para outras vítimas de conflitos.

Aylan Kurdi Fund 

O fundo criado a 2 de setembro de 2015 é uma singela homenagem ao menino sírio de três anos que morreu afogado no Mediterrâneo e cujo corpo deu à costa numa praia da Turquia. 

A angariação funciona através da plataforma Just Giving e pode selecionar o valor que desejar.

International Rescue Committee

Esta equipa de emergência com sede em Nova Iorque, nos EUA, procura dar resposta às piores crises humanitárias do mundo e tem grupos de trabalho em vários pontos do globo para ajudar à sobrevivência das pessoas cujas vidas e meios de subsistência são destruídos por conflitos e catástrofes. Todos os anos, reinstala milhares de refugiados em dezenas de cidades dos EUA.

Para ajudar, pode fazer donativos aqui.

Mercy Corps

É uma agência internacional de ajuda humanitária com sede nos EUA que trabalha há 30 anos para aliviar o sofrimento, a pobreza e a opressão. Colabora com parceiros locais para ajudar as vítimas de conflitos e de catástrofes naturais a refazerem as suas vidas em comunidades seguras e produtivas.

Uma das causas a que a Mercy Corps se tem dedicado é ajudar os refugiados sírios em países como a Jordânia e o Líbano.

Se quiser contribuir, pode fazer um donativo aqui.

CARE

Esta organização norte-americana está presente em 94 países e tem por missão salvar vidas, erradicar a pobreza e alcançar justiça social. O seu foco são as meninas e as mulheres, por serem os principais rostos da pobreza nas comunidades mais pobres do mundo. A CARE encontra-se entre as primeiras organizações deste género a chegar ao terreno numa crise humanitária. E é das últimas a partir. Durante uma situação de emergência, a organização satisfaz as necessidades imediatas das pessoas afetadas, fornecendo comida, abrigo, água potável e produtos de higiene. Através dos seus programas de emergência, a CARE presta auxílio anualmente a 12 milhões de pessoas.

A CARE tem um fundo de emergência para refugiados para o qual pode contribuir fazendo um donativo online e outro específico para refugiados sírios para o qual pode contribuir aqui.

Médicos Sem Fronteiras (MSF)

Oferecer ajuda médica e humanitária a populações afetadas por conflitos armados, epidemias, catástrofes naturais e sem acesso a cuidados de saúde, em qualquer lugar do Mundo. Esta é a principal missão dos MSF. A “ação de ajuda humanitária civil e independente das influências políticas” da maior ONG de ajuda humanitária mundial valeu-lhe o Prémio Nobel da Paz, em 1999.

Atualmente, os Médicos Sem Fronteiras desenvolvem programas em 71 países, envolvendo milhares de profissionais de saúde e pessoal administrativo e de logística.

A organização presta serviços médicos aos refugiados e pode fazer o seu donativo aqui

Islamic Relief EUA

É um grupo humanitário islâmico que está a pôr em prática campanhas de angariação de fundos para vários projetos, incluindo a ajuda a refugiados na Europa, na Síria e no Iémen. Os donativos são feitos aqui.

Este grupo humanitário diz que os voluntários são “o coração” que o mantém em movimento. Se quiser colaborar com o Islamic Relief EUA preencha o formulário de candidatura disponível online.

Help Refugees

Esta ONG foi criada no verão de 2015 no Reino Unido para dar resposta à crise dos refugiados na Europa. Um grupo de amigos queria angariar mil libras (pouco mais de 1.100 euros) e encher uma carrinha com produtos doados para levar para o campo de refugiados de Calais, em França. No espaço de uma semana angariou 56 mil libras (63 mil euros). Pouco tempo depois, passou a receber sete mil itens doados todos os dias.

- A organização aceita donativos mensais ou pontuais que são canalizados para o apoio a 80 projetos na Europa e no Médio Oriente.

- Outra forma de ajudar é doar bens essenciais para os refugiados em Calais (França) e na Grécia.

A organização fornece uma lista de bens que podem ser doados para Calais e outra para a Grécia. Os bens prioritários de que a organização diz estar a precisar “desesperadamente” em Calais são cobertores, aquecedores, tendas e sacos-cama, luvas, cachecóis e chapéus, botas, casacos e impermeáveis. Para a Grécia, a organização necessita sobretudo de roupa para homem, de tamanho pequeno ou médio: casacos, tops de manga comprida, botas e ténis de tamanho 40-43, sacos-cama e cobertores, artigos de higiene, roupa de inverno para mulheres e crianças.

- A organização pede também às pessoas em geral que criem eventos e organizem angariações de fundos a partir de casa, para ajudar os refugiados em França, Itália, Grécia e Síria. Se está interessado em colaborar, saiba aqui como proceder.

- A Help Refugees também aceita voluntários e disponibiliza formulários online de inscrição para Calais, Grécia e Sérvia e também Reino Unido

Faça você mesmo, sem sair de casa

Vender produtos no Ebay e doar ao mesmo tempo

É um site de compras e vendas largamente conhecido e tem uma vertente voluntária, o PayPal Giving Fund (cuja designação anterior era Missionfish), igualmente com pagamentos seguros através do PayPal.

Se quiser doar para os refugiados o dinheiro resultante da venda de um produto seu ou apenas uma percentagem, é só clicar aqui.

Comprar na Amazon

Esta empresa transnacional de comércio eletrónico dos Estados Unidos, e uma das primeiras companhias com alguma relevância a vender produtos na Internet, disponibiliza uma lista de produtos para “manter os refugiados de Calais quentes no inverno” que podem ser adquiridos online por qualquer pessoa. Depois, as compras têm entrega direta no campo de refugiados em França. Estão à venda meias, botas e calças, entre outros.

A Amazon remete também para uma outra lista, neste caso de 11 produtos, disponibilizados no site de compras online Leisure Fayre que oferece 20% de desconto nos produtos e entrega grátis. Entre outros, estão à venda luvas, meias, calças, impermeáveis e cobertores.

Asilo - O que dizem as estatísticas

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é a entidade responsável em Portugal pela decisão de aceitar pedidos de proteção internacional. O SEF procede também à instrução dos processos de concessão deste tipo de proteção e determinação do Estado responsável pela análise dos pedidos e execução da transferência para outro Estado-Membro da União Europeia.

Não estando ainda disponíveis dados consolidados num Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2017, o SEF disponibilizou à TVI24 dados provisórios e que demonstram uma evolução expressiva face ao tradicionalmente verificado em Portugal:

- Foram apresentados 1004 pedidos espontâneos de proteção internacional em 2017.

- No total registou-se um aumento de 42,81% no conjunto dos pedidos de asilo espontâneos, apresentados em território nacional  e no Posto de Fronteira. Estes dados excluem os requerentes recolocados e reinstalados ao abrigo do Acordo UE/Turquia em 2017 e que também deram origem à abertura e instrução dos respetivos pedidos de asilo

- Por género, a maioria dos requerentes é do sexo masculino

 - Foi atribuído estatuto de refugiados a 119 cidadãos. Nacionalidades mais relevantes: Eritreia, Iraque e Afeganistão.

- Foram concedidos 354 títulos de autorização de residência por razões humanitárias. Nacionalidades mais relevantes: Síria, Ucrânia, Iraque, Mali.

- Evidencia-se ainda a solicitação de 39 pedidos de asilo por menores desacompanhados, todos provenientes do continente africano.

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