Incêndio de Pedrógão Grande com vários arguidos - TVI

Incêndio de Pedrógão Grande com vários arguidos

Dois comandantes estão indiciados por homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência. Já foram ouvidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria

A investigação ao grande incêndio de Pedrógão Grande já tem vários arguidos, confirmou a TVI junto de fonte ligada ao processo.

O segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, Mário Cerol, está entre os arguidos, tal como o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnault.

Estes dois arguidos já foram ouvidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria. Estão indiciados por homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência.

A TVI sabe que há pelo menos outras 10 pessoas a ser convocadas pelo Ministério Público. Vão ser ouvidas e depois constituídas arguidas por suspeitas de homicídio negligente.

Mário Cerol era o terceiro operacional a liderar as operação de socorro no grande incêndio de Pedrógão Grande, que ocorreu a 17 de junho, e foi ouvido pelo Ministério Público na semana passada.

À TVI, Mário Cerol confirmou que é arguido e que está de "consciência tranquila".

Já o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande foi hoje constituído arguido, depois de ter sido ouvido pelo Ministério Público no DIAP de Leiria, segundo a sua representante.

Magda Rodrigues, advogada da Liga dos Bombeiros Portugueses, disse que Augusto Arnaut está "tranquilo" e que "lamenta" toda a situação.

"Com 51 anos, o comandante é bombeiro há 32 anos, está ligado ao corpo de comando há cerca de 18 anos. Obviamente, é um homem com provas dadas e o tempo trará com certeza a verdade a este processo. Está, sobretudo, de consciência tranquila e tudo fez para que o desfecho fosse outro", disse.

O incêndio de Pedrógão Grande foi o mais mortal da história do país.

Segundo os dados oficiais, morreram 64 pessoas e mais de 250 ficaram feridas. Na altura registou-se ainda a morte de uma mulher que também foi atropelada ao fugir das chamas. No final de novembro, morreu uma mulher, com cerca de 60 anos, que estava internada em Coimbra há mais de cinco meses, na sequência dos incêndios.

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