Governo contrata mais 500 professores do que em 2015 - TVI

Governo contrata mais 500 professores do que em 2015

Escola (arquivo)

Ministério da Educação diz estarem "reunidas todas as condições para um regular início do ano letivo" com a contratação de 7.306 docentes. Associação de contratados aplaude, mas lembra que há ainda muitos sem colocação

O Ministério da Educação diz que os 7.306 professores foram colocados no concurso de colocação inicial e mobilidade interna, que acontece todos os anos no final de agosto.

O concurso visa preencher os horários indicados pelas escolas correspondentes a necessidades transitórias.

No ano passado foram contratados 3.782 professores em contratação inicial e 3.030 em Bolsa de Contratação de Escolas (BCE), procedimento que correu após a contratação inicial. Isto significa que, nesta fase, estão colocados mais 3.524 professores contratados do que no mesmo momento do ano anterior – ou seja, no penúltimo dia útil do mês de agosto”, refere o comunicado da tutela.

De acordo com o Ministério, "este ano todos os docentes foram colocados em simultâneo, na contratação inicial, ao contrário do que aconteceu no ano passado quando os docentes foram colocados, progressivamente, em BCE, entretanto extinta, arrastando-se o processo ao longo do ano letivo".

Todos os horários solicitados pelas escolas foram já preenchidos pelos professores colocados nesta fase, de acordo com as preferências manifestadas pelos mesmos", sublinha o comunicado, concluindo estarem "reunidas todas as condições para um regular início do ano letivo".

Contratados há muitos...

Para a Associação Nacional de Professores Contratados, a colocação de docentes no mês de agosto é de aplaudir, mas lembra que continua a haver profissionais com 15 e 20 anos de serviço em situação precária ou sem colocação.

A parte positiva é que temos novamente as colocações em agosto. Nos últimos anos estávamos a colocar professores em setembro. A parte complicada é que continuam a ser contratados (a prazo) professores com 10, 15 e 20 anos de serviço, que sempre trabalharam para o Ministério da Educação", disse à Agência LUSA, o presidente da associação, César Israel Paulo.

A associação pretende agora que o Ministério institua uma regra que impeça os professores do ensino particular de entrar no mesmo concurso que os restantes docentes da rede pública.

Esperamos que não seja permitido aos professores do ensino privado ocupar vagas de quadro à frente de colegas que estão há muitos anos no Ministério da Educação", sublinhou.

Alguns deram pouco tempo aulas no ensino público e tiveram a sua estabilidade numa escola perto de casa onde até estavam no quadro", exemplificou César Paulo, frisando que a situação ocorreu nos últimos concursos extraordinários de vinculação de professores realizados durante a tutela de Nuno Crato como ministro da Educação.

Diretores querem colocações em julho

Para a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), a colocação de professores é de louvar, mas devia estar fechada em julho e não em agosto.

Isto é positivo para as escolas, os professores começam a trabalhar logo a 01 de setembro, mas o 'timing' é negativo para os professores, que ficam a saber no final de agosto que a 01 de setembro têm de se apresentar a quilómetros de casa", disse à Agência LUSA o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima.

Para Filinto Lima, "este é um problema para atacar para o próximo ano letivo".

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