Os serviços prisionais só comunicaram a fuga dos três reclusos da prisão de Caxias quatro horas depois de esta ter ocorrido.
A fuga dos três homens, um luso-israelita e dois chilenos, terá acontecido entre as 23:00 de sábado e as 00:30 de domingo, mas só à 1:00 foi feita uma chamada para o 112 a comunicar a evasão.
A TVI apurou que a chamada para o número de emergência foi feita antes do contacto por e-mail para a PSP, GNR, Polícia Judiciária (PJ) e Serviço de Estrageiros e Fronteiras (SEF), enviado por volta das 5:00 da madrugada, ou seja, quatro horas após a fuga.
Fonte, que não quis ser identificada, disse à TVI que o procedimento “não sendo errado”, porque o 112 espalha a notícia pelas várias polícias, não é um procedimento suficiente.
O caso está já a ser investigado pelo serviço de auditoria e inspeção dos serviços prisionais. O objetivo é saber se se justifica um processo disciplinar na fuga dos três reclusos.
De acordo com o Diário de Notícias, pretende-se apurar quais os guardas de serviço nas áreas que abrangiam o percurso de fuga dos dois chilenos e do luso-israelita.
O inquérito visa também apurar as causas que impediram os guardas de verem os detidos a escaparem da prisão.
Jorge Naranjo, um dos chilenos entretanto capturado em Espanha – o único detido até agora - deverá ser extraditado para Portugal nos próximos dias. O paradeiro dos outros dois homens é, por enquanto, desconhecido.